Red Razor Inflama o Cenário Com Proposta Revolucionária

Os fãs de thrash metal old school em breve receberão o novo trabalho da excelente banda Red Razor. “The Revolution Continues” promete ser um grande álbum de um metal posicionado politicamente e que tem uma atividade forte no DIY catarinense. Se você gosta de bandas como Metallica, Testament, Annihilator, Anthrax, Megadeth, Slayer, Kreator, Pantera, Sepultura, Destruction, Overkill, Exodus, a Red Razor é a banda pra você.

Foto por Nefhar Borck

Vocês estão prestes a lançar um novo álbum, o “The Revolution Continues”. Fale um pouco sobre o conceito, ilustração, selos…

Eu diria que “The Revolution Continues” marca uma transição importante na banda. Ano passado, quando estávamos prestes a entrar em estúdio, tivemos a primeira mudança na formação desde 2012. Além disso, nosso disco anterior foi escrito entre 2012 e 2014 e portanto tinha um clima mais festivo, que refletia um pouco do período que o Brasil vivia, depois de anos de crescimento da economia e da posição que o país ocupava no xadrez político internacional. Embora houvesse músicas com posicionamento mais sério, tipo “Controversial Freedom” ou “Temple of Lies”, a gente se sentia bastante confortável em cantar sobre cerveja. A partir de 2015, intensificou o crescimento da extrema direita, tivemos o golpe em 2016 e a eleição de um psicopata para presidente em 2018, então era natural que nossa postura fosse ficando mais politizada. No entanto, no disco temos músicas escritas entre 2013 e 2018 e há uma mescla entre material mais político e material mais festeiro e por isso digo ser um disco de transição, que está representada na capa, feita pelo Andrei Bouzikov (Violator, Municipal Waste, Toxic Holocaust, etc), que traz a revolução da cerveja (primeiro disco) se transformando numa revolução política. O disco será lançado por nós de forma independente mas com a parceria de 6 selos, sendo dois aqui do sul (Under Machine e Antichrist Hooligans Distro), dois do sudeste (Helena Discos e Tales From the Pit) um do norte (Escória Distro) e um do nordeste (Resistência Underground). Estamos também na reta final pra acertar o lançamento dele no exterior.

A banda tem um posicionamento antifascista claro. Em uma época em que boa parte da cena metal acredita que não se deve misturar música e política, como tem sido a recepção do público ao som de vocês?

A gente perdeu alguns fãs e ganhou outros, o que era esperado. Ninguém gosta de perder fãs, mas as vezes é inevitável. A parte mais positiva é que tu traz pra perto de si pessoas mais identificadas e engajadas com a tua própria forma de pensar, o que reduz fadigas futuras rs.

Como está a cena catarinense em relação a shows, bandas e público? O que vocês destacam?

A cena catarinense sempre foi forte localmente, mas poucas bandas conseguem ir levar seu som pra fora do estado. Há um certo circuito de festivais que dá palco pra galera daqui, mas há muito pouco interesse do centro do Brasil (leia-se SP, principamente) sobre a cena daqui. Há muita gente querendo vir tocar nos festivais daqui, como Maniacs Metal Meeting ou Otacílio Rock Festival, mas pouco interesse de produtores de outros estados em levar as bandas daqui pra tocar fora.

Foto por Nefhar Borck

Como vocês avaliam a influência da conjuntura atual do país na nossa cena? Vocês acreditam que está enfraquecendo ou fortalecendo?

Do ponto de vista de produção cultural, acho que fortalece. Os melhores discos de música brasileira foram feitos no período da ditadura militar, justamente porque a arte era um dos refúgios que as pessoas encontravam pra poder se expressar. Então houve discos fantásticos de Chico Buarque, Sérgio Sampaio, Belchior, Zé Ramalho, todo o movimento da psicodelia pernambucana (Ave Sangria, Lula Côrtes, Marconi Notaru, etc), assim como o nascimento das cenas punk, com Ratos, Cólera, Olho Seco e metal nos anos 80, com Sepultura, Vulcano, Dorsal Atlântica, entre tantos outros. De outra parte, acho que enfraquece os eventos, com a polícia se sentindo empoderada e realizando prisões ilegais como temos visto acontecer. Isso pode deixar alguns produtores com medo.

Quais são os planos futuros da banda?

Queremos fazer turnê, tocar pelo Brasil e no exterior. Estamos muito satisfeitos com o resultado alcançado no disco e acreditamos que quem se der ao trabalho de ouví-lo vai gostar também. Se tudo correr como planejado, lançaremos um clipe junto com o disco pra ajudar a promovê-lo.  A gente espera que não demore tanto pra lançar o disco seguinte como foi esse hiato de 4 anos entre o primeiro e segundo disco. 

 Podemos esperar uma tour nordeste?

Com certeza, o plano original era lançar o disco em julho e fazer a turnê pelo Nordeste já em agosto, mas não conseguimos acertar shows suficientes, então no momento estamos bolando uma tour pro nordeste em novembro desse ano ou no mais tardar ano que vem. 

Considerações finais.

Obrigado mais uma vez pelo espaço. Com tantos veículos de mídia se fingindo de isentos mas fiéis ao Bolsonarismo, é indispensável a existência de blogs como “O Colecionador”.

LINKS:
Bandcamp: http://redrazor.bandcamp.com/
Facebook: https://www.facebook.com/RedRazorThrashMetal
Instagram: https://www.instagram.com/redrazorthrashmetal/ 
Spotify: https://play.spotify.com/artist/5unXbCLWuUcsnAnz4ecKbg
Deezer: https://www.deezer.com/br/artist/8667420Youtube: https://www.youtube.com/user/RedRazorThrashMetal

Oxigênio Festival inicia venda de blind ticket

Oxigênio Festival, que chega à sexta edição neste ano, é um dos eventos mais plurais no ramo do entretenimento nacional. Assim como grandes nomes do circuito de shows, une na capital São Paulo música, esporte, gastronomia e outros segmentos culturais, como jogos eletrônicos e exposições de arte. Após uma experiência incrível nas últimas cinco edições e um público geral que ultrapassou os 15 mil, o Hangar 110 em parceria com a Gig Music dão a largada para a edição 2019, confirmada para setembro, com a venda do blind ticket, ou seja, venda de ingressos sem divulgar as atrações. Venda até 30 de junho: https://pixelticket.com.br/eventos/3724/oxigenio-festival-2019.

Com desconto especial, o Blind Ticket vale para os três dias de evento – aí está a primeira dica do Oxigênio 2019 – e pode ser adquirido online. O valor (meia entrada e promocional) é de R$ 180. O line-up, com muitas surpresas e bandas no auge da carreira, será anunciado dia 1º de julho.

Vamos falar do Oxigênio a partir de números? O festival já foi palco para mais de 100 bandas ao longo de quatro edições, cujo público total beira 20 mil pessoas. Ainda de acordo com números coletados pela produção, o evento, que a cada ano se mostra uma marca mais consolidada no mercado musical nacional, teve o engajamento online de um público de aproximadamente 2 milhões por edição.

O Oxigênio, hoje, extrapola as raízes no punk rock e hardcore e abre espaço para emo, alternativo, pop punk, rock n roll e ska. E por que não ampliar a gama de estilos em 2019?

SERVIÇO

Oxigênio Festival 2019, em setembro
Evento: https://www.facebook.com/events/340058723359517/
Data: 13, 14 e 15 de setembro
Horário: 13 horas (abertura); 14 horas (início dos shows)
Local: Via Matarazzo
Endereço: Avenida Francisco Matarazzo, 764, 05001-000, Água Branca, São Paulo, SP
Ingresso (Blind ticket): R$ 180 (para os três dias – meia/promocional); R$ 360 (para os três dias – inteira)
Online: https://pixelticket.com.br/eventos/3724/oxigenio-festival-2019
Físico: Locomotiva Discos, na Rua Barão de Itapetininga, 37 (sem taxa)
Censura: 14 anos

Entrevista: Manger Cadavre? fala sobre álbum AntiAutoAjuda e 8 anos de underground

Manger Cadavre? é uma banda de hardcore crust do interior de São Paulo (São José dos Campos e Pindamonhangaba), que possui oito anos de correria e amplo apoio ao underground nacional, seja produzindo eventos, lançando bandas com os selos dos integrantes e com ilustrações do guitarrista. Eles dão uma aula de “Faça Você Mesmo” e se firmam como um dos nomes mais ativos e com qualidade sonora no Brasil. Conversamos um pouco com os integrantes sobre o novo álbum AntiAutoAjuda e sobre a correria de se manter uma banda de forma totalmente independente.

Foto por Stefano Martins

Vocês lançaram um mini doc que retratou como foram os dois dias de gravação do álbum AntiAutoAjuda. Falem um pouco sobre a gravação do disco e sobre a ideia de documentar esse trabalho.

Desde o EP “Senhores da Moral” a gente adotou o Family Mob como o estúdio ideal para registrar o nosso tipo de som. Com eles, aprendemos que gravar ao vivo, com overdubs de guitarra e vocal é forma de manter o som com mais energia e otimizar o tempo de gravação. O Hugo Silva que foi o engenheiro de som responsável pelos 3 últimos trabalhos já conhece bem o nosso estilo e nos ajuda a melhorar sempre. O Otávio que nos assistiu também nos ajudou a ficarmos tranquilos. Como muita gente não entendia como esse processo se dá, nosso amigo/roadie/filmaker/editor João Lucas resolveu registrar todo o processo. Ele nos acompanha desde sempre e foi muito legal. Ele registrou os três últimos ensaios de composição e os dois dias de gravação. Como estávamos bem ensaiados, tudo aconteceu naturalmente. O Family Mob é um dos maiores estúdios de São Paulo e valeu muito a pena gravar lá. Ah, vale ressaltar que conseguimos pagar as despesas da gravação com a venda de material de merch.

Falem um pouco sobre o desenvolvimento da temática do AAA.

Nós passamos o segundo semestre de 2018 em processo de composição, paralelamente aos shows. Isso foi um pouco difícil, pois estávamos estressados com a quantidade de atividades somadas aos problemas pessoas que os quatro estavam enfrentando. Como perdemos alguns amigos e nós mesmos e muitas pessoas próximas estavam em uma situação de adoecimento/sofrimento metal, pensamos em produzir algo que não tivesse um viés niilista, como boa parte das bandas do gênero. No EP “Revide” propusemos que as pessoas se organizassem e revidassem aos avanços do conservadorismo e das práticas neoliberais impostas pelo golpista Michel Temer. No AAA, já em um cenário de sangria, a gente quis abordar as doenças psicológicas causadas pelo capitalismo e propor uma saída, a cura pela luta. Vivemos uma época extremamente individualista e mesmo parte da psicologia coloca que devemos aceitar as coisas e pessoas que não mudam e que isso é ser adulto. O sistema nos coloca em ambientes de superexploração, competitividade, extinção da solidariedade de classe e é impossível sair ileso desse cenário. A narrativa que compõe as letras contaram com apoio teório de leituras da Maria Rita Kehl, Ricardo Antunes, Freud entre outros. A revisão eembasamento foram feitos pelos psicólogos Thiago Bloss (Professor de Psicologia na Uninove) e Elis Cornejo (Prevenção e Posvenção ao Suicídio no Instituto Vita Alere). Ambos participaram do nosso Mini doc. O conceito foi: sentir-se mal é sinal de saúde mental.

Vocês financiaram a gravação com a venda de material de merchandising. Isso é algo formidável nos dias de hoje em que o apoio tem se resumido a likes e compartilhamentos. O que vocês tem a dizer sobre o período atual em que o engajamento em mídias sociais tem se mostrado mais importante que as atividades em espaços coletivos.

Sim! Nós quatro do Manger não temos uma situação financeira muito boa, os quatro trabalham informalmente e as dificuldades são muitas. Felizmente estamos tocando bastante e é nas feirinhas independentes que a venda acontece. Também fizemos uma lojinha virtual, e como por lá é possível parcelar valores no cartão de crédito, muita gente tem adquirido nossos materiais por lá.
Sobre o comportamento atual, acreditamos que é um reflexo do individualismo pregado por essa etapa do capitalismo. A exaltação excessiva de selfies, as bolhas criadas por algorítimos, as rivalidades… isso tudo é pensado. No entanto, na contramão desse comportamento, as mídias sociais (apesar de não serem democráticas, pois você tem alcance reduzido, caso não pague anúncios), ajudaram a conectar pessoas e coletivos de todos os cantos do país. Se pensarmos que o Brasil tem dimensões continentais, isso é algo formidável. Nós utilizamos as mídias como braço para a divulgação do nosso trabalho e propagação da mensagem, é um caminho meio que sem volta, mas investimos nosso tempo no offline. Debates, festivais, fanzines, rodas de conversas ainda são formas efetivas de conscientização.

Nenhuma descrição de foto disponível.

Vocês acabaram de lançar 1200 unidades do AntiAutoAjuda por um coletivo de selos e menos de um mês desse lançamento, anunciaram que mandaram prensar mais 500. Como conseguiram?

Sinceramente foi uma grata surpresa a quantidade de vendas que tivemos da nossa cota de CDS e alguns dos selos venderam um número de muito alto logo de cara e nos pediram mais CDs. Acredito que a distribuição por selos em todas as regiões do país ajudaram muito, pois as pessoas podem economizar em frete ou adquirir pessoalmente em eventos. Diferentemente do passado, em que selos e gravadoras mantinham o controle da distribuição e muitas vezes acabavam com material parado, coletivos ajudam em muito na divulgação do trabalho das bandas e na facilitação das vendas. Não temos palavras para agradecer o trabalho duro e sério dos selos Sacrilégio DistroCrust Or Die Collective, Distro & LabelXaninho DiscosElectric Funeral RecordsVertigem DiscosTerceiro Mundo Chaos Discos,Brutal Grind Recs#MetalIslandManaós distro,Helena DiscosResistência Underground Distro e Prod. e #SertaoAttackRecords.

O Marcelo (baterista) e o Jonas (baixista) possuem selos (Helena Discos e Poeira Maldita) respectivamente que colaboram muito com o underground nacional. Como é manter um selo na era do streaming? Ainda vale a pena?

Marcelo: Sim, vale muito a pena, pois mesmo com todo material disponível em streaming que existe hoje em dia (o que é muito bom para se conhecer novas bandas), tem um grande público que consome a forma física da música (CD, LP, DVD, Cassete). Dentro do rock e suas diversas vertentes sempre existiu a cultura do colecionar. Sem contar que existem inúmeras bandas no Brasil que são muito boas.

Jonas: Manter um selo é um ato de resistência, e sim vale a pena, pois quem realmente gosta de ter o material físico em mãos, nunca parou de consumir e sabe que sem o apoio dos selos dificilmente as bandas independentes conseguiram lançar seu material.
Quem contribui com os selos, contribui com as bandas e contribui diretamente para a cena sobreviver.

A imagem pode conter: 1 pessoa, no palco, tocando um instrumento musical e show
Foto por Anderson Chino

O Marcelo Augusto, guitarra da banda, está se destacando como ilustrador com um traço muito foda e desenhos questionadores e políticos para capas de cds e cartazes de shows. Fale um pouco da sua atuação do cenário underground.

Marcelo Augusto: Muito obrigado pelo elogio!
Tenho feito ilustrações para bandas do underground desde meados de 2014, e o que começou como algo despretensioso acabou virando profissão. É muito gratificante poder contribuir com o meu trabalho para a divulgação das bandas, seja com arte para flyers ou merchandising, que é algo indispensável para que as bandas mantenham-se ativas.
Também é muito legal ver que praticamente todas as bandas que me procuram para elaborar uma ilustração, sempre pedem algo contestador em relação ao atual governo golpista, mostrando que o underground está mobilizado contra a corja bolsonarista.
Em breve tem mais ilustrações provocando os conservadores.

Indiquem algumas bandas que vocês curtam e que tem o posicionamento parecido com o de vocês.
São muitas, é difícil indicar poucas, mas não podemos deixar de citar a Desalmado (deathgrind), Surra (Thrashpunk), Red Razor (Thrash Metal), Cosmogonia (punk, hardcore), Warkrust (crust), Cruento (Crust Punk), Discorde (Hardcore), Expurgo (grindcore) Mácula (Crust), Brazattack (Hardcore), Fuck Namaste (Fastcore), Klitores Kaos (hardcore), Bad Trip (Hardcore), Terror Revolucionário (Hardcore), Miasthenia (Black Metal), Rastilho (crust), Vasen Kasi (crust), Crânula (death metal), Rest in Chaos (death metal), Facada (grindcore), Re-Animation (crossover), Kultist (Thrash Metal), Eskröta (crossover)… São muitas! Vamos sempre ficar devendo pois a cena brasileira não deve em nada pra gringa.

Considerações finais:

Muito obrigado pelo espaço! Faça você mesmo, sempre.

DEATH CHAOS libera single “Night of Intense Hankering” para audição no YouTube

Os pesos pesados do Death Metal Melódico do Brasil, a banda Death Chaos, acaba de disponibilizar para seus fãs, mais uma faixa presente do álbum “Bring Them to Die” para audição completa em seu canal no YouTube.

Seguindo uma ordem cronológica do disco, a música “Night of Intense Hankering”, faixa oito do disco, agora pode ser escutada em track individual. Marcada como uma das mais rápidas e explosivas do disco, essa música em toda sua essência, apresenta uma fúria descomunal com riffs velozes e vocais urrados.

Confira e se inscreva no canal da banda!
https://www.youtube.com/watch?v=TfmJ8HAZfxk

Death Chaos é formado por:
Denir “Deathdealer”: Vocal
Julio Bona: Guitarra
Gabriel Maciel: Guitarra
Edson “Mamute”: Baixo
Ueda: Bateria
Mais informações:
Facebook: https://www.facebook.com/deathchaosmetal/
Roadie Metal Press: https://roadie-metal.com/press/death-chaos/

Brazattack “Oposição Cotidiana”

O Distrito Federal Caos é o principal celeiro de ótimas bandas de hardcore. Brazlândia, que é uma das cidades satélites do DF não poderia ficar de fora. É de lá que vem a banda Brazattack, que lançou esse ano o seu primeiro trabalho, o EP “Oposição Cotidiana”.

A sensacional arte da capa foi feita pelo ilustrador Marcelo Augusto (que também é guitarrista da banda Manger Cadavre?), com uma caveira antifascita crossover com a cabeça arrancada de um empresário que tem um cifrão riscado na testa. Nada mais justo. Formada por Henrique Janssen no vocal, Márcio Medeiros na bateria, Raphael Gomes na guitarra e Rodrigo Guga no baixo, a banda entrou em estúdio, pela primeira vez, em 2017 impulsionada pela ascensão da extrema direita no Brasil.

Oposição Cotidiana é um EP extremamente politizado, que conta com seis músicas muito bem executadas e com um vocal visceral. Com o “faça você mesmo” como lema, a banda merece destaque nas produções atuais.

O trabalho se inicia com o som “Resilientes”, que conta com influências de Madball principalmente na batera, mas os riffs são do hardcore clássico do DF. “Não deixe passar” conta com uma pequena intro quebrada, que dá lugar a um hardcore veloz, daqueles que faz o mosh pegar fogo. Na sequência temos “Institucional” que se destaca pela levada das cordas, já “Supervalorização” é com certeza o som em que o vocalista Henrique coloca mais ódio. “Herança colonial” é o destaque do trabalho. Com muito peso e crítica ferrenha a perpetuação nos dias atuais da exploração dos povos originários e o sequestrado para viver como escravos no Brasil, a banda se posiciona com afinco. Fechando o EP, temos “Faça Você Mesmo”, música que foi lançada como singles em 2017 e possui um clipe muito bacana.

A gravação foi feita na 1234 Recording Studio, em Brasilia/DF. A Mix e Master foi feita pelo Pedro Tavares. O material físico saiu pelo Helena Discos, porém verificamos que já está esgotado, aguardando reposição.

Resenha: “Shit And Blood” Pata

Em meados de junho, a banda mineira Pata lançou o álbum “Shit and Blood“, que conta com dez músicas. O trio, que é formado por Lúcia Vulcano (guitarra e voz), Beatriz Moura (bateria) e Luís Friche (baixo), possui influências do grunge e do punk, tendo como maior referência a L7. Produzido, gravado e mixado por Rafael Dutra, masterizado por Ygor Rajao e captado no Estúdio Motor, em Belo Horizonte.

Com nove músicas em inglês, apenas “Selvagem e cabeluda” é em português, cuja letra aborda puberdade, menstruação e a vida adulta. O som que mais chama a atenção é o de abertura: ” Downer” tem guitarras distorcidas muito boas, e um clipe muito divertido. Outro destaque é a “The Witches” que tem uma levada mais stoner. “Next Year”, por sua vez, traz a mensagem política da banda, com um tom de preocupação sobre esse ano de 2019 e as atrocidades do golpista eleito (estavam certas em se preocupar).



Lançado pela Efusiva Records, selo fonográfico feminista criado em 2015 no Rio de Janeiro, tem arte da capa assinada por Lorena Bonna. Lançado pela Efusiva Records, selo fonográfico feminista criado em 2015 no Rio de Janeiro, é uma das bandas mais legais que ouvimos nos últimos tempos. Sonoridade noventista e temáticas atemporais. Recomendamos.


CRUCIFICATOR: Alcides Burn assinará capa do novo álbum “Then Hatred Reborn At Dawn”

Como noticiado recentemente, os baianos do CRUCIFICATOR estão a todo vapor nos trabalhos de gravação e produção do seu novo álbum “Then Hatred Reborn At Dawn”.

E para deixar este artefato ainda mais brutal, a banda firmou uma parceria com o renomado artista brasileiro Alcides Burn, que estará trabalhando na arte gráfica do mesmo.

Alcides Burn está à frente da Burn Artworks e é conhecido internacionalmente por trabalhar grandes nomes do Metal mundial, acesse o site e confira a lista completa: http://www.burnartworks.com/

Produtores interessados em levar o CRUCIFICATOR para seus eventos, escrevam para warcaller@hotmail.com e solicitem mais informações.

Assista ao videoclipe de “Front” lançado recentemente:

Contato para assessoria de imprensa: www.sanguefrioproducoes.com/contato
Sites relacionados:
https://www.facebook.com/Crucificator-war-death-metal-621659868236692/
https://www.youtube.com/channel/UC76M_6aYnRkdCVR6h3u5nPQ
https://sanguefrioproducoes.com/bandas/CRUCIFICATOR/70
Fonte: Sangue Frio Produções

Resenha: Split Aphorism x Rabujos

O ano de 2019 tem nos presenteado com ótimos lançamentos. Entre, álbuns, singles e EPs, as bandas Aphorism e a Rabujos apostaram no bom e velho split!

As músicas do Aphorism foram gravadas por Dill Pereira no estúdio Ruído Rosa em Salvador, Bahia, Brasil entre Janeiro e Fevereiro de 2019. Já as do Rabujos foram gravadas por Pedro Santos e Rodrigo B. Nery no LL Studio em Recife, Pernambuco, Brasil, em Março de 2019.

O travalho foi mixado e masterisado por Miguel Tereso no estúdio Demigod Recordings em Caxarias, Portugal em abril de 2019 

Ja a arte da capa foi assinada por Ars Moriendee.


O split se incia com o Rabujos, com um soco que é o som “Os Horrores que eu lhe digo”, que conta com muito peso no instrumental e um vocal furioso. Com pouco mais de um minuto, “A era dos extremos” trata da religiosidade de uma fé perdida. “Opala” é um som que conta com muita raiva. “Marta” é o som que se destaca, com algumas quebras no instrumental, os riffs tortos soam muito bem. “Censura” por sua vez é outra som diferente que nos agradou muito, ” Escuro, escuso, excluso, ex-tudo, expurgo” é a frase que fixa na mente. Curiosamente, a banda optou por realizar um cover do Aphorism. “Luzes do Chaos” fecha com desespero os seis sons da banda que passam rápido, porém deixam impacto. Os nossos conterrâneos de Recife merecem todo o reconhecimento pelo trabalho que está impecável.

A Aphorism começa seus sons com o vocal urrado demoníaco em “Em chamas”, um som sobre desesperança e dor, mas que propõe a superação das perdas usando a raiva. “Engodo” começa com uma intro muito bem trabalhada, com destaque as riffs com uma melodia que seguem o caos do vocal, que traz o hálito do mentiroso. “Solitude” tem os elementos clássicos do death metal e é um dos pontos altos dos sons da banda. “Desalento” conta com uma bateria típica do deathgrind e com certeza será um dos sons que empolgarão o público para o mosh pit. Os baianos de Salvador continuam com a influência do grindcore no som À Lucidez, que também é empolgante e com detalhes marcantes. “Batismo e Gasolina” é um daqueles som que tem a blasfêmia como ingrediente especial, e é claro que gostamos muito! ” Na outra face do Cristo há um buraco de bala”, trata muito bem do que os cristãos atuais fariam com a figura, caso existisse e estivesse entre nós.

O split reforça a união das bandas do nordeste. Música extrema somada a consciência e qualidade elevada! Garanta o seu CD físico com os selos  Resistência Underground Distro e Prod.Insulto REXCospe Fogo GravaçõesEntorte Discos, Metal Island, Electric Funeral RecordsBurn Records e Tropical Death.

ESCOMBRO lança música em resposta à tentativa de censura

“O Peso de Sobreviver” marca o início da parceria com a Seven Eight Life, tradicional selo hardcore do Brasil, com forte representação na América do Sul

O quarteto paulistano Escombro faz valer e vive pelo lema que eles mesmo criaram há anos, Hardcore Por um Mundo mais Digno. A censura durante um show em Brasília, no começo de junho deste ano, apesar de um infeliz e desnecessário abuso de poder, alimentou a força criativa e indignação sincera da banda, que responde ao episódio com a música “O Peso de Sobreviver”. O single, disponível nas principais plataformas de streaming, pode ser conferido aqui: https://spoti.fi/2X0lA97

A nova música marca a estreia do Escombro na Seven Eight Life, o mais tradicional selo de hardcore do Brasil e com forte representatividade na América do Sul. Um novo EP está previsto ainda para esse ano. 

“O Peso de Sobreviver”, como sugere o nome, é tanto uma música pesada em termos de som, com guitarras metalizadas que destilam riffs furiosos, como carrega um enorme fardo que é fazer parte da resistência contra a censura, contra a onda crescente do racismo e segregação. 

“Ficou mais pesado pela raiva que passamos ali no ocorrido”, conta o vocalista Jota, que no dia 8 de junho foi detido e levado para uma delegacia da polícia militar em Brasília, enquanto se apresentava no União Underground Fest. A repressão aconteceu durante a execução de “S.O.P. (Sistema Padrão Operacional)”, música do primeiro álbum – Maldita Herança (2017) – com participação de Henrique Fogaça. No discurso introdutório, Jota faz críticas à instituição policial. Dois policiais tentaram parar o evento e prender o vocalista, que foi conduzido à delegacia. 

“A letra não é direcionada à PM. É também para outros agentes da sociedade. Alguns se sentem agora mais protegidos e respaldados por políticos no poder com discurso de ódio, e estão saindo do armário. A música é uma crítica a todas estas pessoas racistas, preconceituosas, que querem a volta da censura e da opressão a artistas, negros, pobres”, desabafa Jota. 

Jota, em nome do Escombro, dá o recado. “Não vamos nos acovardar. Episódios como esse só fomentam nosso inconformismo, alimentam a revolta, nossa e de muita gente, seja no hardcore ou em outros movimentos. Vamos sempre questionar e bater de frente”.

“Ablaze” do Nervochaos: Death Metal Que Nos Leva Ao Inferno

A imagem pode conter: 3 pessoas, pessoas em pé, barba e atividades ao ar livre

Lançado mundialmente pelo famoso selo holandês HAMMERHEART RECORDS, o novo disco do Nervochaos, ‘Ablaze’, já está disponível para venda em território brasileiro. Gravado no Alpha Omega Studio, na cidade de Blevio, Itália, ao lado do produtor Alex Azzali que também o mixou e masterizou. Teve toda a arte do álbum criada por Nornagest (Ibex Designs), que já trabalhou com nomes como Enthroned, Morbid Angel, Destroyer 666 e muitos outros.

Ablaze é com certeza o melhor trabalho do Nervochaos até o momento, com identidade e evolução criativa nas músicas. Altamente recomendado a fãs de SARCÓFAGO ou MYSTIFIER, a banda apresenta um retorno ao death/thrash metal da velha escola, eles incorporaram também alguns detalhes do black metal com uma pegada mais crua, primitiva (nada mais acertado, tendo em vista a temática do álbum).


As letras falam basicamente e satanismo, com destaque principal ao último som “Of Evil and Men”, que traz uma introdução sinistra, como uma pessoa atormentada por demônios. Com vocal forte e riffs melódicos, além de grooves que introduzem ao sentimento da nossa entrada ao inferno, seguidos uma pegada mais hardcore que, com certeza, será um momento de moshs nos shows. Outro som que merece menção é o “Cave Bestiam”, também com uma intro falada, o instrumental é tenso e com vocais rasgado e gutural intercalados, muito bem posicionados, como em uma conversa entre demônios.

Com cerca de 50 minutos, trata-se de uma visita ao inferno. Apesar do tempo mais longo, não é cansativo ou enjoativo. Você realmente se sente imerso em um mundo paralelo, pois existe um andando diferente para cada som que hora é mais enérgico, hora mais lento e com mais groove, em outros momentos há mais agressividade, em outros, tensão… O fato é que é um álbum criativo, muito bem composto e mixado. Parabéns e vida longa ao Nervochaos.

O disco conta com nada menos que 16 faixas, distribuídas assim:

1. Necroccult
2. Demonic Juggernaut
3. Feast of Cain
4. Whisperer in Darkness
5. Death Rites
6. Shamanic Possession
7. Into Nightside
8. Cave Bestiam
9. Dawn of War
10. Mors Indecepta
11. Stalker
12. My Dues
13. Downfall
14. A World Between Worlds
15. Walk Away
16. Of Evil and Men

Para comprar o álbum, que em sua versão nacional vem com slipcase, ele está disponível diretamente no site da Hammerheart Brasil, pelo link:

https://hammerheartbrasil.loja2.com.br/8958108-NervoChaos-Ablaze-CD

De ‘Ablaze’ foram tirados alguns vídeos, confira:

‘Demonic Juggernaut’ – https://youtu.be/Q6Um0BeNmCk
‘Of Evil and Men’ – https://youtu.be/XWseAUqPteM
‘Whisperer in Darkness’ – https://youtu.be/6x5t65X6vbk
‘Feast Of Cain’ – https://youtu.be/ccTwEsfFLJQ

O NERVOCHAOS já está no Oriente Médio onde inicia sua nova turnê mundial nesta sexta-feira, 7 de junho, na cidade de Dubai. Depois disso, o Tanque de Guerra visita Ásia, Oceania e Europa em quase 50 shows em 3 meses.

Em setembro o grupo já tem agendado datas pelo México e em breve anunciará mais datas pelas Américas com presença, claro, em nosso país.

Links relacionados:
E-Mail: nervo666@hotmail.com
Site: http://www.nervochaos.net
Facebook: https://www.facebook.com/NervoChaos
Instagram: https://www.instagram.com/nervochaos
YouTube: https://www.youtube.com/nervochaos
Spotify: https://open.spotify.com/artist/79Zxs7jzzD0sCwnYOUCKGx
iTunes: https://itunes.apple.com/br/artist/nervochaos/570172609
Metal Media: http://www.metalmedia.com.br/nervochaos