Após revelar os intensos e provocadores singles “Looking for the Exit” e “Mouth of God”, o trio mineiro Oceania mostra uma sonoridade amadurecida em seu novo disco, “Dark Matter”. Expandindo o já característico alcance harmônico e melódico da banda, o trabalho chega com mais peso para a identidade do rock alternativo do projeto. O álbum já está disponível nas principais plataformas de streaming.
As canções foram trabalhadas ao longo dos últimos dois anos e meio. Das sessenta composições, oito foram selecionadas por Oceania para representar o atual momento do seu som, sempre trilhando a linha tênue entre a vulnerabilidade pessoal e a universalidade dos temas abordados. Musicalmente, o trabalho revela um momento de ampliação das fronteiras criativas, abarcando novas experimentações e riscos, sempre na expectativa de levar o som ao máximo de pessoas possível e traduzir a personalidade de seus três membros.
“O grande desafio na concepção deste álbum esteve relacionado a atingir a unanimidade dos três integrantes em relação a todas as etapas do processo criativo”, revela o vocalista e guitarrista Gustavo Drummond. Além dele, a banda é formada por Daniel Debarry (baixo) e Tulio Braga (bateria).
O projeto surgiu em 2016 com Drummond decidindo retomar sua vocação original para a música e compor uma coleção de novas canções, novamente em inglês, reconciliando a vertente visceral dos tempos de Diesel – com quem tocou no Rock in Rio – e a sofisticação harmônica do Udora – que o levou para turnês pelo mundo -, com letras que expressam, à sua maneira, as idiossincrasias e peculiaridades da experiência humana.
Trazendo essa busca por imensidão desde o nome, a Oceania lançou em 2017 o disco “Beneath The Surface”, com grande aceitação entre público e crítica especializada e desde o ano passado eles estão focados na produção de seu segundo álbum. As influências foram definitivamente as mais pesadas até então, tais como Black Sabbath e Lamb of God, aliadas com o histórico pregresso dos integrantes do Oceania em outros projetos.
Os músicos assinam, além das composições e arranjos, a produção musical ao lado de Marcelo Mercedo. “Dark Matter” está disponível nas principais plataformas.
A banda de Death Grind Desalmado celebra os 12 anos de seu álbum de estreia, Hereditas, em show especial transmitido pelo canal da banda no YouTube nesta sexta-feira (11), às 21h, tocando todas as músicas do disco. Além da performance gravada no estúdio Family Mob, em São Paulo, a banda fará uma live comentando cada uma das faixas.
Desalmado resolveu gravar previamente o evento para garantir melhor qualidade de som e imagem. “É complicado transmitir ao vivo, pois é necessário ter uma equipe, justo nesse momento em que se evita aglomerações, além de um grande investimento. Resolvemos assim registrar previamente nossa performance e vamos fazer uma live comentando cada uma das músicas”, explica o baixista Bruno Teixeira.
O evento será transmitido no canal do Desalmado no YouTube. A apresentação contará ainda com músicas bônus. Assista em youtube.com/desalmado
De acordo com Bruno, a ideia da banda é fazer também um relançamento do trabalho. “O Hereditas foi nosso primeiro registro oficial com o nome Desalmado. Na época nós fizemos algumas cópias caseiras do disco, que foi posteriormente lançado pela gravadora Greyhaze Records em vinil. A nossa ideia é fazer um relançamento em CD, com as faixas originais junto com essa regravação 100% ao vivo, mostrando como estamos soando com a formação atual, que não é a mesma da época. Se esse plano sair do papel, será a primeira vez que o Hereditas terá versão oficial em CD, 12 anos depois!”, conta.
Sobre o Desalmado
O quarteto formado por Caio Augusttus (vocais), Estevam Romera (guitarra), Bruno Teixeira (baixo) e Ricardo Nützmann (bateria) completou 16 anos de estrada em 2020 e lançou o EP “Rebelião” nas plataformas digitais neste ano. Para 2020 a banda fará o lançamento de um novo álbum de estúdio com músicas inéditas e o relançamento do EP Hereditas.
Gestar uma produção audiovisual não é brincadeira. Mas “O Ben para todo mal” está de volta, com episódios inéditos abordando músicos em conversas sobre a relação entre filhos e o fazer artístico. Para pontuar o momento, batizamos a temporada de “se criando no isolamento”. O nome é uma alusão aos bate-papos realizados à distância em razão das restrições impostas pela pandemia no novo coronavírus. A grafia é mesmo fora do padrão — como nossa ideia de parentalidade — trocando a ênclise, que seria o correto, pela próclise. A expressão “se criando” é uma gíria comum no Rio Grande do Sul e significa, grosso modo, “se desenvolvendo”, “nascendo”.
A estreia da nova fase é com Iggor Cavalera (Petbrick / Mixhell). O baterista e ex-integrante da maior banda de metal parida no Brasil, fala sobre a importância da família para a carreira, o nascimento do Sepultura, o peso que o filho mais novo teve na reconciliação com o irmão Max — com quem ficou uma década sem conversar diretamente — e o uso fora do comum para palhetas do Iron Maiden. Assista ao episódio aqui (https://bit.ly/obeniggorcavalera). Em breve, também na programação da Music Box Brazil.
A montagem e edição do projeto segue sob a tutela de Sérgio Caldas, criador da Subverse Filmes.
Sobre o Ben para todo Mal
Filhos só fazem bem. Até para os maus — ou tidos como tal. Além disso, são um alento para todos os males. Dão trabalho, vá lá, mas são nosso bem mais precioso.
E o Homero, jornalista e pai do Ben, (com)provou isso desde que o guri nasceu. Aí, resolveu conversar com figuras que o cidadão de bem considera malvadas para mostrar a influência que uma criança exerce na vida dessa turma ‘maligna’.
Então, idealizou ‘O Ben para todo mal’ (assim mesmo, com ‘n’, para homenagear o filhote), série de entrevistas com criaturas fora dos padrões convencionais da família brasileira. A ideia é conversar com rockeiros — do mainstream ao underground — e gente que não se apega às convenções de pai & mãe tradicionais.
Até o momento, foram produzidos 13 episódios com personagens nacionais e internacionais. Entre eles: Jão e João Gordo (Ratos de Porão), Julia Barth (Os Replicantes), Andreas Kisser (Sepultura), Colin Abrahall (GBH), CJ Ramone, Rodrigo Lima (Dead Fish), Fredrik Larzon (Millencolin), João Kombi (Test), Toby Morse (H2O), Fredi Chernobyl (Comunidade Nin-Jistu), Rafel Malenotti (Acústicos & Valvulados) e Simon Chainsaw (Simon Chainsaw & The Hippie Killers). Estão todos disponíveis aqui: www.youtube.com/c/OBenparatodomal
Quem ajuda nessa criação é o produtor e editor de vídeos Sérgio Caldas, da Subverse Filmes, que já tem extenso currículo com produções audiovisuais ligadas à música. É ele o responsável por conceber o projeto na tela.
Além de um canal no Youtube, a iniciativa ganhou espaço no canal Music Box Brazil — que está na grade de programação das maiores operadoras de TV a cabo do país e é o segundo maior canal de música do país (sendo o primeiro de conteúdo nacional). As exibições são semanais e podem sofrer alterações conforme a programação da emissora.
Em novo clipe, Rematte denuncia bárbarie social brasileira: assista “A Cerca” Gravado no período da pandemia, novo trabalho do grupo chega furioso, e discute sobre as diversas desigualdades sociais em nosso país
O quarteto cearense Rematte disponibilizou em todas as plataformas de streaming, e em formato de videoclipe, seu novo single: “A Cerca”. A música é o segundo lançamento do grupo este ano, e desta vez conta com a parceria do selo Electric Funeral Records.
Se no trabalho anterior, “Sob o Luar”, o Rematte falava sobre inquietações internas e apresentava um som quase etéreo em certos momentos; em “A Cerca”, o grupo formado por Daniel Gadelha (vocal), Álvaro Abreu (bateria), Jonas Monte (baixo) e Thiago Barbosa (guitarra) põe toda a sua raiva para fora, apresentando uma musicalidade mais pesada, com riffs frenéticos e dissonantes, além de uma letra que fala sobre as desigualdades sociais cada vez mais gritantes em nosso país, como conta Daniel: “O texto é uma costura de reflexões e críticas sobre a nossa sociedade, que está metaforicamente (ou não) recortada por “cercas invisíveis”, que não enxergamos, mas que são tão sólidas quanto o ódio de quem as cria e de quem as vivencia. Cercas sociais, raciais, econômicas, religiosas, e todas aquelas que subtraem da humanidade a capacidade de perceber a existência do outro, do coletivo, da diversidade, e o prejuízo impagável que isso imprime em uma visão de mundo mais justa”.
Devido à pandemia, a banda acabou tendo que buscar uma alternativa para viabilizar a produção do single. A solução foi a gravação remota, onde cada integrante gravou separadamente, em um local diferente, sob a orientação de Matheus Brasil (Matt B), produtor parceiro do Rematte desde os trabalhos anteriores. No final, a música foi gravada em dois estúdios (Esconderijo e Top Studio, ambos em Fortaleza), nas casas dos membros, e até contou com a participação do produtor Zeca Leme, do BTG Studio (SP), fazendo o trabalho de timbragem das guitarras. Sobre esse processo totalmente novo para os músicos, Jonas comenta: “Gravar a distância foi um mix de medo e euforia. Medo pela pandemia, e euforia por voltar a produzir e querer que o trabalho ficasse logo pronto. A cada elemento que era gravado, uma comemoração era feita! Apesar de toda a preocupação de como iria ficar, já que cada um estava gravando de um jeito diferente, a certeza de que ficaria bom era sempre presente, pois confiamos demais no Matheus”.
Para o clipe, a banda teve uma ideia de recorte mais pontual: mostrar o impacto da desigualdade social territorial em Fortaleza, cidade onde vivem, e de como obras do governo e de empreendimentos imobiliários separam uma parcela mais pobre da população de forma cruel e muitas vezes violenta. Para isso, a banda contou com a parceria do coletivo Nigéria Filmes, que cedeu trechos de seu acervo, entre eles a série documental “Cartas Urbanas”, que aborda justamente a reflexão territorial urbana. “Gostaríamos de falar sobre nossa cidade e inserir imagens fortes, que dialogassem com a densidade do que a letra da música diz. Não demorou em pensarmos na Nigéria, que já é conhecida por suas obras de impacto e apelo social. Trocamos uma ideia com os caras, e eles toparam! O ‘Cartas’ caiu como uma luva para o clipe, pois mostra exatamente o que essas ‘cercas’ de desigualdades sociais podem causar aos mais desfavorecidos”, conta Álvaro. A captação das imagens da banda, direção e edição ficaram a cargo de Vicente Ferreira, da Vomor Produções.
SOBRE A BANDA
O Rematte é uma banda de rock de Fortaleza fundada em 2017. Com influências que vão desde bandas alternativas como Deftones, Incubus e Audioslave, até a poesia engajada e contestadora de Chico Science, Marcelo Yuka e Chico Buarque, o grupo apresenta um som vigoroso, que intercala climas atmosféricos com distorções agressivas. Em seu discurso, temas como reflexões individuais, engajamento social e a energia das relações em um contexto urbano e tecnológico são abordados de maneira muito particular, graças às composições do vocalista Daniel Gadelha. Com um EP e dois singles na bagagem, o Rematte segue expandindo o alcance da sua música de forma digital, enquanto a pandemia ainda não dá trégua.
Saudações a todos que acompanham a minha singela coleção virtual, ilustrada em textos. Agradeço ao apoio de todos que fortaleceram o trabalho do blog e que aumentaram a lista dos títulos de discos aqui em casa, enviando material. Nesse ano tivemos tudo de ruim. Queimadas, desgoverno de um lunático de extrema direita, pandemia, desemprego em massa e a lista de coisas tristes só aumenta. O que seria de nós se não fosse a música para nos salvar? Por isso, para não sentar e chorar, vamos falar das coisas boas de 2020. Chegamos a nossa clássica lista de melhores do ano, na nossa opinião.
SINGLES
Nervosa “Perpetual Chaos”
Prika Amaral apresentou a nova formação da Nervosa na velocidade da luz, apresentando dois singles, que tiveram produção de Martin Furia e foram gravados na Europa. E, meu irmão e minha irmã, o grupo já se mostrou ser mais que uma super banda: Nervosa é uma potência mundial.
Creatures “Lighting in my Eyes”
O heavy metal brasileiro ganhou um novo fôlego e voltou às suas raízes verdadeiras de satanismo, revolta e NADA de conservadorismo. O grande destaque de Lighting in my Eyes é o vocal afinadíssimo e os solos envolventes. É o som que a galera fatidicamente estaria dançando se voltássemos aos anos 80. Como diria o pessoal do Canal Scena, uma banda sensual.
AnkerkeriA “Baph Metra”
Fortaleza conta com bandas incríveis de variados gêneros. Um deles é o death metal. A AnkerkeriA lançou o single Baph Metra com um clipe impecável em termos de produção e enredo (para assistir, você precisa estar logado no YouTube e ser maior de 18 anos). O som é muito bem executado, com variações que fogem do óbvio e coloca a banda dentre as grandes no país.
Inraza “(Still) Stuck
O primeiro dos dois singles lançados pela banda durante 2020 é o que mais me chamou a atenção. A banda que faz um metal moderno está caminhando para a maturidade, evoluindo conforme vão lançando mais materiais. Destaque para os vocais extremos intercalados com os limpos da vocalista Stefanie. Aguardamos um full album para 2021 e uma tour no nordeste assim que a pandemia acabar.
EP´s
Desalmado “Rebelião”
A banda citada por Max Cavalera não poderia ter soltado nada menos que um EP espetacular. Voltando ao português, a banda mandou o recado reto sobre os tempos que enfrentamos desde o golpe, em uma ode para que o povo se organize contra as opressões da extrema direita. Qualidade técnica, agressividade, arranjos empolgantes e vocal furioso. Rebelião deveria ter sido um álbum. Destaque para “Esmague os Fascistas” que contou com a participação de Nata Nachthexen, vocalista da Manger Cadavre?.
Hellway Train “Lockdown Reborn”
Os mineiros do Hellway retomaram a banda com um EP incrivelmente forte! Com um clima cheio de energia que o heavy metal pede, o trabalho fala de transtornos psicologicos. Pra quem respira som dos anos 80, é uma indicação que você vai agradecer! Destaque para o vocal de Marc que lembra muito Rob Halford.
Isinkú “Damnatio Memoriae”
Com seis sons é uma ode ao black metal anti imperialista. A banda que é de Natal/RN, nasceu para fortalecer ainda mais o cenário brasileiro do gênero, com posicionamento claro antifascista. Aqui os destaques são para as composições dos riffs e o clima gerado nas músicas. Pode ouvir sem medo, pois o som é muito bom, assim como letras e ideias.
Surra “Trashpunk Teleport: Submundo 2121”
Esse EP chegou aos 45 do segundo tempo, mas foi um gol de placa do Santos, ou dos santistas do Surra. São cinco faixas bem raivosas, que saíram com um gibi (que infelizmente ainda não vi, mas pretendo adquirir em breve). O grande destaque fica para “Nossa Reação”, que nos faz imaginar a galera cantando juntos nos shows “pra – queimar – no inferno – e comemorar a consolidação do império” e que ainda tem solo, meus consagrados. Uma verdadeira obra de arte!
Expurgo “Entropic Breath”
Os mineiros do Expurgo mostraram mais uma vez porque são uma das maiores bandas de grindcore brasileiras. O EP “Entropic Breath” traz toda a brutalidade sonora que já conhecemos, acompanhada de letras precisas. Se você busca o grind raíz, esse EP é obrigatório.
Dead Enemy “Knowing the Enemy”
A renovação do thrash crossover brasileiro também está acontecendo! Após o lançamento da primeira demo, a Dead Enemy de Fortaleza mandou o incrível EP “Kwoing the Enemy”. Rock veloz que faz você colocar a bolachinha para rodar pelo menos umas três vezes. “Broken Shape” é o som que mais nos prendeu. Ainda ouviremos falar muito nessa banda.
Cruento “Mar de Ossos”
Indo para o interior de São Paulo, mais precisamente Jacareí, no Vale do Paraíba, Cruento faz um crust punk visceral, com a fúria clássica do estilo. Mar de Ossos é um EP que conta com cinco músicas que mostra o quanto a banda amadureceu nesses anos. “Homem Lixo” que também ganhou um lyric video, é o grande destaque desse trabalho.
Vermenoise “O Outro”
O grindcore paulista foi presenteado com o lançamento excelente do EP “O Outro” da Vermenoise. Com cinco faixas curtas, como é comum do estilo, a banda mostrou que está mais violenta que nunca, aliando a brutalidade do som aos ideais da banda, mensagens essas contidas nas letras. Destaque para o vocal monstro da Chris.
Carnal Atrocity “Degenerescência”
Com esse nome difícil de se pronunciar, foi uma grata surpresa nos depararmos com esse projeto, que trata-se de um duo: Karine Campanille fazendo os vocais, arranjos de guitarra, baixo e sintetizadores e Emiliano a bateria. Tem grind, tem death metal, indicado para fãs de Carcass.
Álbuns completos
Vazio “Eterno Aeon Obscuro”
Começando a listas dos full albuns com o melhor lançamento de 2020, indiscutivelmente. Apresentado a muitos como nós pelo Canal Scena, o álbum conta com um black metal que é um tapa na cara dos reacionários. Com base no punk, a banda conseguiu trazer toda a brutalidade do gênero aliado ao clima e com mensagens precisas. Falar do Vazio será sempre incompleto. É preciso contemplar a escuridão.
Exsim “Exsim”
Os nossos conterrâneos aqui de Recife do Exsim lançaram um álbum auto intitulado muito bom. Grindcore clássico, com batera a milhão, em um álbum que tem dezessete músicas. Mas não se engane, ele tem a rapidez que o grind pede. Então coloca no repeat e seja feliz!
Podridão “”Revering the Unearthed Corpse”
Pra quem curte um death metal mais primitivo, esse álbum que conta com onze faixas é um prato cheio. Metal morte com direito a sangue, doenças venéreas e diarréia. Se você é fã de Cannibal Corpse, com certeza vai curtir esse trabalho que conta com uma batera bem precisa e riffs brutos.
Postmortem Inc “The Coqueror Worm”
A banda de Pelotas/RS, vem mostrar como a água de lá é boa para gerar bandas excelentes de death metal. Da escola do Krisiun, o álbum traz um brutal death metal com extrema qualidade técnica, mas com aquele algo a mais, que destaca a banda: eles não buscam copiar as fórmulas prontas do gênero, a identidade aqui é única e é o que nos faz apostar nesse nome para os próximos anos. Destaque para “State of Conspiracy”.
Cäbränegrä “Abismo”
Mais uma banda de grindcore que lançou um álbum visceral, o Cäbränegrä já tinha começado com tudo com o primeiro trabalho e agora só consolidou o som. Banda catarinense que lançou ótimas onze faixas, com velocidade, peso e culminou em um trabalho muito legal. Destaque para o som “Qual a solução?” que aparece em duas versões geniais.
Rest in Chaos “Trapped by Yourself”
Com extrema qualidade técnica, a banda de Florianópolis Rest in Chaos apresentou o seu primeiro full album que conta com onze faixas recheadas de brutalidade. Com peso das cordas, vocal forte e preciso, o destaque é para a bateria de Marlon que preenche o som de forma impecável. Death/Thrash que dá pra abrir mosh e banguear (mesmo que seja na sala de casa). Destaque para a faixa “Let me Rest”.
Wargore “Cursed Existence”
Pra quem curte death metal oldschool a Wargore é a pedida certa. Em Cursed Existence, os caras arrepiaram desde o primeiro som com palhetadas pesadas e vocal de demônio. Eles, que são de cascavel, lançaram nove sons em julho desse ano e espero muito poder ver um show ao vivo para conferir toda essa podreira em ação. Destaque para o som “Cocaine”.
Mofo “Sick and Insane”
É thrash que brasileiro gosta? Pois tome, mermão! Os caras do Mofo, que são de Brasília, arrebentaram com esse álbum insano que promete rodas brutais em shows. Com uma intro macabra, podemos até notar uma pequena influência do death metal do Bolt Thrower no começo da faixa seguinte a “Adrenaline”, que dá lugar ao thrash tradicional. Uma das grandes promessas de renome para o thrash metal brasileiro.
Sangue de Bode “A Sombra que me acompanhava era a mesma do diabo”
Uma grata surpresa de 2020 foi conhecer o som dos cariocas do Sangue de Bode. Um álbum repleto de tudo aquilo que o metal extremo pede: death, black, fúria! Ouvi muito esse disco que fiz questão de adquirir o físico (arte gráfica muito bonita). Destaco a faixa “Minha refeição é no Lixão”.
Maddiba “Santo André”
Saindo um pouco do metal e adentrando ao hardcore, essa indicação foge do tradicional. Somando o rap e pick ups, Santo André é uma ode aos fãs de Suicidal Tendencies e Beastie Boys, mas com aquele tempero nacional, com pitadas de thrash que a gente gosta tanto. Outra banda que conheci por meio do Canal Scena e que não saiu do meu fone de ouvido em 2020.
Ao Vivos
Surra “Escorrendo pelo Ralo – Ao vivo em São Paulo”
Essa banda não está pra brincadeira! Com três lançamentos no ano, a máquina de fazer riffão também lançou um ao vivo gravado em São Paulo, no show em que tocaram todas as músicas do escorrendo pelo ralo. Saudades de um show, né, minha filha?
Labirinto “Live at Dunk Fest”
Esse ao vivo é tão perfeito que nem parece ser ao vivo. É aí que a gente vê quando a banda é realmente boa. Som instrumental, que mescla metal e sludge, com camadas sonoras muito fortes. Qualidade ímpar e sentimento que não precisam de palavras. Aliás, eu uso uma: impecável.
Manger Cadavre? “Ao vivo em Curitiba”
Sem alarde e divulgação, a Manger Cadavre? disponibilizou apenas no bandcamp um show ao vivo realizado em Curitiba no ano de 2018. É como se fosse um bootleg, mas dá pra matar um pouco as saudades do show dos caras, pois tem treze sons muito furiosos. Destaque ao vocal visceral de Nata.
Nesta quarta-feira (9) será lançado o novo EP do conjunto musical Surra, em um formato inédito. Além de estar disponível para audição em todas as plataformas digitais, o material físico virá com um CD e um gibi original exclusivo.
A própria banda fez o roteiro do gibi, e o mesmo foi desenhado por Lobo Ramirez, da Escória Comix. Na historinha, a banda é teletransportada para um futuro distópico, onde eles vão contar com a ajuda de personagens insólitos para derrotar hordas de crentes ricos e armados e tentar voltar para o ano de 2020.
As cinco músicas do EP, que também contou com a ajuda da Läjä Records no seu lançamento, foram totalmente gravadas no Estúdio Foice (o próprio estúdio da banda em São Paulo) e foram mixadas e masterizadas por Leeo Mesquita, o guitarrista/vocalista da banda.
Junto com o lançamento desse material multimídia, estarão disponíveis no site da Cadeia Records (selo da banda) um combo exclusivo com camiseta e também, de forma separada, uma bermuda, as duas opções totalmente temáticas desse EP.
‘Sobrevivendo à Tempestade’ é o novo clipe da banda paulistana Balsâmik que chega inspirada no fenômeno do distanciamento e das bolhas sociais entregando sua mensagem em português e com peso sonoro numa toada que remete às próprias influências dos integrantes que passam por Killswitch Engage, Slipknot e o conterrâneo Project 46.
‘Sobrevivendo à Tempestade’ é o segundo clipe oficial da Balsâmik que é estreante na nova cena de música pesada no Brasil com três anos de estrada. A música aborda ainda a afetação psicológica até que se ultrapasse as dificuldades.
“Existe uma luta, uma verdade, cicatrizes, mas sempre conseguimos dar a volta por cima. É importante deixarmos os erros se tornarem vírgulas e seguimos escrevendo a nossa história”, diz o vocalista Alessandro Bernard.
Com produção da própria Balsâmik, o clipe mostra a banda em performance com todo o peso e energia e é uma homenagem ao cenário underground com os músicos vestidos em algumas passagens com camisetas de bandas autorais, discurso que a banda leva e pratica desde a sua fundação.
Com esse espírito de cooperação com as bandas independentes, Balsâmik criou dois festivais, o Brotherhood Fest (com parceria do Fininho, da banda Tested) que é dedicado às bandas que estão começando e também às mais experientes como forma de criar laços entre todos os músicos e públicos. O outro é o Under Brutal Fest, dedicado às bandas mais pesadas, dando oportunidades de tocarem em lugares que elas teriam dificuldade de chegar.
A Balsâmik tem passagens por grandes shows como os festivais ‘Hardcore Por Um Mundo Mais Digno’, ‘Levando Bandas’, ‘Time4music’ e ‘MoshPit Night’ e é Alessandro Bernard (vocal), Andrey Novelli (baixo), Anderson Costa e Gui Pires (guitarras) e Daniel Cassini (bateria).
Ficha técnica de Sobrevivendo à Tempestade Vídeo Direção, captação, edição e direção de arte: Rafael Rossener
Produção: Balsâmik
Áudio
Produção musical e direção artística: Balsâmik
Reamp, mix e master: Arthur Inácio
Agradecimentos: Caike Scheffer, Rafael Rossener & Rafael Adami (3 Pipe Problem)