Infection, novo single e clipe da banda Inraza, é a resposta do quinteto paulista aos tempos de pandemia e isolamento social. Em três anos de estrada, é a primeira vez que o grupo ficou tanto tempo sem se reunir – sete meses – e da criatividade, agora exercida à distância, Stephany Nusch (vocal), Robin Gaia (baixo), Gabriel Colonna, Bruno Ascêncio (guitarras) e Kelvin Aguiar (bateria) fizeram nascer a faixa em um desafio inédito para a banda.
O conceito de pós-verdade é o tema central da letra de ‘Infection’, escrita por Stephany. O termo ganhou o título de “Palavra do Ano” em 2020 pelo dicionário Oxford e explica o fenômeno dos discursos que substituem os fatos por crenças pessoais e emoções de forma descompromissada com a realidade, numa espécie de ‘verdade alternativa’.
“Em Infection, queremos chamar os ouvintes para uma reflexão a respeito de toda e qualquer ação que tomem, pois tudo é politizado e instrumentalizado por alguma instituição ou uma personalidade. Basta sabermos se os valores se alinham com os nossos e, se não, se há alternativas melhores”, diz a vocalista Stephany Nusch.
A novidade em ‘Infection’ não ficou apenas na forma de produzir mas também no fato da música trazer o Inraza pela primeira vez intercalando o inglês habitual de suas canções com trechos em português.
O clipe de Infection foi feito no estilo Do It Yourself no QG da banda em São Paulo e mais uma vez a criatividade falou alto para Inraza que utilizou tecidos e iluminação para montar o cenário e projetou com refletores palavras com forte significado no corpo dos integrantes.
A vocalista, Stephany retirou frases do livro “O Mito da Beleza” (Naomi Wolf) enquanto os demais integrantes utilizaram ofensas que já ouviram ao longo da vida. Cada integrante gravou separadamente seus takes para evitar aglomeração.
“Um dos grandes desafios da Infection foi fazer com que os cinco músicos que não se viam há sete meses gravassem música e clipe em sistema de rodízio, por todas as peculiaridades e cuidados que temos de tomar por conta da Covid 19”, diz o baixista Robin Gaia.
Infection foi produzida pelo baixista Bruno Ladislau (Andre Matos, Cosmos, Hardshine), com produção vocal de Nina Furtado (Haney) e engenharia de som por Luiz Fernando Reis (Reprise Studios). O clipe foi dirigido por Joana Saraiva e Letícia Almeida, com edição de Kelvin Aguiar (baterista da banda) e a arte da capa do single é de Robin Gaia e Stephany Nusch (baixista e vocalista).
A produção de The Conqueror Worm aconteceu nos últimos quatro anos em um período agitado de shows para a banda que decidiu por uma produção cautelosa e detalhista onde o grupo mostra sua polivalência ao trazer para a produção seus próprio integrantes.O vocalista e guitarrista Bruno Añaña responde pela gravação e mixagem e a arte da capa é do ilustrador e baterista Douglas Veiga.
Postmortem Inc encara a música que faz e suas artes como veículos de comunicação e não foge de se posicionar contra a opressão e o facismo. “Ainda que com metáforas, nossas composições tendem à rebeldia, luta contra o sistema e a desesperança na raça humana”, conta o baterista Douglas Veiga.
A banda passeia por muitas camadas do som extremo, do old school à modernidade e conversa com quem curte brutalidade sonora em todas as suas formas. Nile e Krisiun são referências para doses de velocidade e técnica além de bandas como Deicide, Death, Cannibal Corpse e Morbid Angel.
O Verme Vitorioso, poema de Edgar Allan Poe, foi inspiração para a capa de ‘The Conqueror Worm’. O texto fala sobre a tragédia da vida humana, cheia de mazelas e desventuras, e, na visão do autor, como sendo apenas um momento da cadeia alimentar dos vermes. O nome “The Conqueror Worm” foi sugestão do guitarrista Mou Machado.
Visualmente, a inspiração da capa veio de gravuristas e pintores como Goya, Rembrandt e Durer, e dos modernos que trabalharam com música pesada como Marcos Miller (Exterminate, Bloodwork, Dyingbreed), Ed Repka, Par Ollofsson e Joe Petagno (Sepultura . Beneath the Remains), explica Douglas Veiga.
Na discografia Postmortem Inc têm a demo ‘Out of Tomb’, os EPs ‘Atra Mors’, ‘Within the Carcass’, ‘Confront Your Fears/Warfield Earth’ e o split ‘Sepulcro Eterno’. Dividiu shows com grandes nomes da música extrema como Dark Funeral, Possessed, Obituary, Krisiun, Ratos de Porão e Deicide.
Postmortem, nome original da banda foi inspirado na música homônima do Slayer, grande influência no início da carreira. Recentemente o Postmortem acrescentou ‘Inc’ ao nome e passa agora a ser Postmortem Inc. A mudança aconteceu para facilitar as buscas pela banda e evitar o conflito com outra banda chamada Postmortem, da Alemanha.
A banda está na estrada desde 2004 é Bruno Añaña (vocal e guitarra), Mou Machado (guitarra), Juliano Pacheco (baixo) e Douglas Veiga (bateria).
A banda INIMIGO EU está divulgando “Dicotomia Viral“. Lançado nesta sexta-feira, dia 27, como single e clipe no canal do youtube do selo Estrondo Records. PARA ASSISTIR: https://youtu.be/wp20pbya2Ro
Produção musical: Rafael Laureano.
Produção audiovisual: Coletivo Catarse.
Viver em tempos de pandemia é difícil. Mas nem a mais horripilante distopia colocaria um país nas mãos de um Chefe de Estado lunático e negacionista para enfrentar a pior pandemia em 100 anos! É o que está acontecendo no Brasil em 2020. Neste contexto, a banda Inimigo Eu lança o single Dicotomia Viral.
Com riffs marcantes e melodia pesada, a música representa o cenário de caos vivido no país neste ano. O clima é de competição entre a retórica doentia do Presidente da República e a realidade retratada por profissionais de saúde e todos aqueles que vivem na pele as decisões governamentais que acabam determinando o seu direito ou não de lutar pela própria vida.
Com letra forte, versando sobre “um inimigo invisível pelo ar”, Dicotomia Viral lembra que todas as pessoas estão sujeitas aos malefícios da Covid-19, que age “sem respeitar fronteiras credo ou religião”, porém existem grupos mais vulneráveis e com menos (ou nenhuma) condições de proteger suas vidas. Vimos e ouvimos grandes empresários desdenhar de milhares de mortes ao lado do genocida presidente do Brasil, deixando claro que “quem mais fatura, mais se acha no direito de desfilar enquanto pisa no peão”.
Em uma clara mensagem para as pessoas comuns, como nós, o refrão da música alerta que a realidade classista coloca algumas vidas em jogo… as nossas: “E o que você não entendeu / É que eles vão se resguardar / Jogar o fardo pra você / Te por em risco pra monetizar”!
Dicotomia Viral é o último single a ser lançado pela banda, que lançou também Raízes, no ano de 2020. A banda prepara um álbum full length para 2021.
O recado é simples e direto: Cuide-se! Cuide de quem você ama! Os grandes empresários e o Presidente jamais cuidarão de vocês. “O mundo conta os mortos. E eles, o que vão perder?”.
Após chamar atenção com o primeiro single, “War You Choose to Love Me but You Know I Will Die”, o quarteto goiano GASP anuncia seu EP de estreia “Egg White & Sugar” com a faixa inédita “Your Time is Over”. O lançamento acompanha um clipe que reflete sobre o passado ao mesmo tempo que mira o futuro e abre as portas para a nova fase do grupo em 2021.
A faixa foi gravada e produzida no UP Music Studios e no Coruja Estúdio, em Goiânia, por Braz Torres Neme, Augusto “Chita” e Rodrigo Andrade – integrantes do Hellbenders, ícones do novo stoner rock nacional. Eles assinam a produção ao lado da banda. Em “Your Time is Over”, GASP sintoniza referências de Royal Blood, Queens of the Stone Age e Nirvana, mesclando três gerações diferentes.
“Essa foi a primeira música que a GASP fez junto e fala sobre como você utiliza o seu tempo na Terra e como você será lembrado pelas próximas gerações. Você está deixando algo pra eles? Você está vivendo sua vida da forma como gostaria?”, questiona o vocalista e guitarrista Gustavo Garcia. Além dele, completam o grupo Gabriel Cabral (guitarra), Lucas Tomé (baixo) e Matheus Alves Avelar (bateria).
Uma abordagem melódica e, ao mesmo tempo, de peso está no DNA do projeto, que se lançou com o single “War You Choose to Love Me but You Know I Will Die” em 2019.
“Your Time is Over” é mais um gostinho do EP “Egg White & Sugar”, a ser lançado em 2021. Enquanto isso, é possível ouvir a nova faixa nas plataformas de streaming e o clipe, no YouTube.
‘Sobrevivendo à Tempestade’ é o novo clipe da banda paulistana Balsâmik que chega inspirada no fenômeno do distanciamento e das bolhas sociais entregando sua mensagem em português e com peso sonoro numa toada que remete às próprias influências dos integrantes que passam por Killswitch Engage, Slipknot e o conterrâneo Project 46.
‘Sobrevivendo à Tempestade’ é o segundo clipe oficial da Balsâmik que é estreante na nova cena de música pesada no Brasil com três anos de estrada. A música aborda ainda a afetação psicológica até que se ultrapasse as dificuldades.
“Existe uma luta, uma verdade, cicatrizes, mas sempre conseguimos dar a volta por cima. É importante deixarmos os erros se tornarem vírgulas e seguimos escrevendo a nossa história”, diz o vocalista Alessandro Bernard.
Com produção da própria Balsâmik, o clipe mostra a banda em performance com todo o peso e energia e é uma homenagem ao cenário underground com os músicos vestidos em algumas passagens com camisetas de bandas autorais, discurso que a banda leva e pratica desde a sua fundação.
Com esse espírito de cooperação com as bandas independentes, Balsâmik criou dois festivais, o Brotherhood Fest (com parceria do Fininho, da banda Tested) que é dedicado às bandas que estão começando e também às mais experientes como forma de criar laços entre todos os músicos e públicos. O outro é o Under Brutal Fest, dedicado às bandas mais pesadas, dando oportunidades de tocarem em lugares que elas teriam dificuldade de chegar.
A Balsâmik tem passagens por grandes shows como os festivais ‘Hardcore Por Um Mundo Mais Digno’, ‘Levando Bandas’, ‘Time4music’ e ‘MoshPit Night’ e é Alessandro Bernard (vocal), Andrey Novelli (baixo), Anderson Costa e Gui Pires (guitarras) e Daniel Cassini (bateria).
Ficha técnica de Sobrevivência à Tempestade Vídeo Direção, captação, edição e direção de arte: Rafael Rossener
Produção: Balsâmik
Áudio
Produção musical e direção artística: Balsâmik
Reamp, mix e master: Arthur Inácio
Agradecimentos: Caike Scheffer, Rafael Rossener & Rafael Adami (3 Pipe Problem)
PLEBE RUDE GRAVA “P DA VIDA” COM PARTICIPAÇÃO DE AFONSO NIGRO; ASSISTA AO VIDEOCLIPE
Nesta sexta-feira (27) a Plebe Rude, uma das bandas pioneiras do rock nacional dos anos 80, divulgou o videoclipe da faixa “P da Vida”, com a participação de Afonso Nigro. A música, lançada originalmente em 1987 pelo grupo pop Dominó, é uma versão do compositor Edgard Poças para “Tutta La Vita” do italiano Lucio Dalla. Poças revela que quando escreveu a letra, a ideia era fazer algo diferente, que considerasse importante de dizer na época. “Veio a ideia de falar sobre o que tava acontecendo no mundo, mas me deu aquele choque: puxa! será que aqueles meninos vão cantar isso? Porque eles cantariam coreografando e ficaria um choque visual com as palavras que eram de mais peso. Mas fui em frente e cada vez a música foi ficando mais forte, então a chamei de ‘Puto da Vida’ e naquele tempo isso era um negócio proibitivo, né? Então mudamos para “P da Vida”’.
Assista “P da Vida”:
Lado A
A faixa em português chamou a atenção dos integrantes da Plebe Rude, que sempre prezaram por temáticas atuais e que reconheceram na letra, forte e impactante, a possibilidade de conciliar apelo comercial e conteúdo. “Eu já gostava da música desde a década de 80. Achava ousado o fato da banda mais pop da história da música popular brasileira ter conseguido gravar uma letra com cunho social contundente.Como ‘P da vida’ não envelheceu, muito pelo contrário, a Plebe ficou muito a vontade de fazer a versão.”, conta o vocalista Philippe Seabra.
A parceria inusitada entre a banda de Brasília e o ex-Dominó se deu, de acordo com o grupo, por uma piada recorrente sobre a semelhança física entre Philippe e Afonso. “A similaridade naquela época era gritante. Um era confundido com o outro na rua por pessoas pedindo autógrafos”, conta o baixista André X, que vê a parceria como divertida e bem humorada.
Segundo Afonso Nigro, o dueto improvável deve surpreender muita gente e só foi possível, já que a música é atual, política e remete de certo modo ao momento pelo qual estamos passando. “Regravar ‘P da Vida’ foi o máximo, ainda mais com uma banda que eu sempre admirei. Um amigo em comum nos conectou e a empatia foi imediata. O Philippe é super querido e eu adorei a concepção de arranjo. Tem o Clemente também, meu ídolo de infância. Tô muito feliz com o resultado”, afirma.
Foto: Adriano Pasqua
Com o peso das guitarras distorcidas no lugar dos teclados, e a alternância dos vocais entre Philippe e Afonso, “P da Vida” faz parte do lançamento homônimo que conta ainda com mais uma faixa, a inédita “O Gigante Adormece”, composição de Seabra que seria adicionada a versão da Plebe Rude de “P da Vida”, no entanto, devido à dificuldade em obter a autorização do espólio do autor original na Itália, virou uma segunda música.
O vocalista da Plebe Rude conta que a faixa inédita é sobre a “passividade do brasileiro, que não consegue manter o foco no meio do ruído das redes sociais e rapidamente perde qualquer noção de indignação. É a nossa resposta a canção ‘P da vida’, o brasileiro fica puto mas esquece, a indignação desaparece, tem o governo que merece e o gigante – que todos acharam que acordou nas manifestações de 2013 – logo adormeceu de novo”. E o baixista completa: “É mais uma lista de coisas que deixam a gente p da vida. É tanta notícia ruim, tanta energia negativa, que temos medo das pessoas ficarem anestesiadas. Importante não relaxar, não dormir”.
Assista “O Gigante Adormece”:
Lado B
“P da Vida” é um EP digital de duas faixas, com lado A e lado B, assim como nos antigos vinis. Este é o primeiro lançamento da banda após o álbum “Evolução, Vol.1”, e foi produzido por Philippe Seabra no QG da Plebe Rude, o estúdio Daybreak em Brasília. O videoclipe da faixa título é assinado por Seabra e Adriano Pasqua.
FACA PRETA DIVULGA VÍDEO AO VIVO QUE INCLUIA INÉDITA “DONOS DO FUTURO”; ASSISTA
O Faca Preta divulgou sua apresentação no Gotan Live Session, projeto de gravações ao vivo no estúdio Gotan, na capital paulista. A banda punk rock escolheu as faixas “Lutando de Braços Cruzados”; do EP Faca Preta (2015), o single “Dias Melhores” (2020) e a inédita “Donos do Futuro”, para o registro em vídeo que contou com a direção de Guilherme Garcia.
“Nesse momento de grave crise de saúde pública, pandemia e distanciamento social, participar do ‘Gotan Live Session’ foi uma ótima oportunidade para levarmos um pouco da energia das nossas apresentações para que todos possam sentir em casa. O resultado ficou incrível, tanto a captação do som, quanto o vídeo estão com qualidade excepcional”, diz o vocalista Fabiano Santos. Além de Santos, o Faca Preta atualmente é formado por Anderson Boscari e Dudu Elado nas guitarras, Roberto Bezerra no baixo e Marcelo Sabino na bateria. O grupo, que surgiu em 2013 com músicos experientes do underground paulistano, se prepara para lançar o álbum de estreia pela gravadora Hearts Bleed Blue (HBB).
“Outros lançamentos virão, então siga a gente nas redes sociais @facapreta e nos tocadores de músicas”, convida Elado.
Assista à apresentação do Faca Preta no Gotan Live Session: youtu.be/N0pAjqLi-Oo
INFAMOUS GLORY libera clipe gravado na pandemia e anuncia o primeiro lançamento de 2021! As dificuldades sempre fizeram parte do cenário underground. E, especialmente esse ano, foram ainda maiores por conta da pandemia que varreu shows e encontros. Mas, ao contrário do que se possa imaginar, as bandas continuam firmes, criativas e motivadas para superar essa fase obscura. É o caso da banda INFAMOUS GLORY! No último domingo, dia 15 de novembrod, a banda participou do ACESSO MUSIC FEST, evento online beneficente em prol da CRAZY CAT GANG — ONG de Curitiba que tem se dedicado em resgatar, castrar e doar gatos abandonados. O festival reuniu nomes da cena nacional e internacional como VENOM INC., PICTURE, VIKRAM, THIRDEAR só para citar alguns. A INFAMOUS GLORY apresentou o clipe inédito de “Macabre End”, faixa do último álbum da banda, ‘An Ancient Sect Of Darkness’ (de 2019), gravado ao vivo de casa. Neste vídeo — que está disponível desde 17 de novembro no canal de YouTube da banda —, o público também vai poder conferir pela primeira vez a nova formação da banda, anunciada no início de 2020, com a chegada do guitarrista André Neil. Assista:
Além do festival, a banda está produzindo material para novos lançamentos. E um deles, já foi revelado! No primeiro trimestre de 2021, sairá em formatos físico e digital a compilação DEATH METAL POWER pelo selos MCDT Company (Holanda) e Horror Pain Gore Death Productions (EUA). O disco vai reunir faixas inéditas de 12 bandas do mundo todo com destaque para COFFINS (Japão), NOMINION (Suécia), MORTUARY (México), UNDERGANG (Dinamarca) além da presença do Infamous Glory como o representante brasileiro. A gravação desse novo som rolou no estúdio Estúdio Ori Lab em São Paulo. A mixagem e a masterização ficou a cargo do guitarrista da banda, Kexo.
O Rio Grande do Sul é uma escola quando se trata de death metal. Da terra de onde saiu o Krisiun, não poderíamos esperar nada menos brutal. Conversamos um pouco com a banda de Pelotas, Postmortem Inc, que para nós é a grande promessa de estouro do metal brasileiro.
Conte um pouco sobre a trajetória da banda. Ano de formação, integrantes, discografia…
Douglas: A banda iniciou os trabalhos em 2004, em Pelotas/RS, 4 amigos querendo fazer som pesado, do thrash ao Death metal, Bruno e Daniel Añaña na guitarra e baixo, respectivamente, Douglas Veiga na bateria e Willian Knuth no vocal. Essa formação durou pouco, em seguida Matheus Heres assumiu o baixo e deixamos de lado os covers e começamos a compor material para uma demo. Durante as gravações da demo “Out of Tomb”, em 2006/2007, Willian saiu da banda, Bruno assumiu os vocais e Mou Machado entrou como segundo guitarrista. Nossa demo teve um longo alcance, com distribuição na Alemanha, França, Malásia, Canadá e Peru. Nessa época, ganhamos notoriedade na cena local, o que nos rendeu um longo período de muitos shows pelo estado.
Em 2010, Matheus saiu da banda e Juliano Pacheco entrou como baixista, fechando a nossa formação atual. Resolvemos lançar mais material em 2013, o EP “Atra Mors”, com 2 músicas inéditas e uma regravação de “Possession of Spirit and Flesh”, lançado pela Rapture Records, Blasphemic Arts e Rock Animal. Em 2014 lançamos o EP “Within the Carcass” pela Cianeto Discos, com 3 músicas inéditas e uma regravação de “Decomposition on High Degree”. Esses dois Eps foram unidos e foi lançado em 2016 como Split com a banda Casket Grinder, da Colômbia, sob o nome de “Sepulcro Eterno” lançado pela Tribulacion Records.
Sempre na ativa, tocando onde rolar e do jeito que der, seguimos a nossa trajetória, que no momento está direcionada pro lançamento do nosso primeiro full-lenght, chamado “The Conqueror Worm”.
Recentemente vocês incluíram o INC ao nome da banda. Falem um pouco sobre a alteração.
Mou: Fizemos essa pequena alteração no nome por questões legais e para facilitar as buscas pelo nosso material, pois éramos frequentemente confundidos com outra banda chamada Postmortem, da Alemanha. Já estávamos há tempos pensando sobre a mudança de nome para acabar com essa confusão, quando iniciamos o processo de registro das nossas novas músicas foi o momento de decidir. Apesar da mudança, parafraseando o Juliano, “se chamar Postmortem a gente atende” hahahahah.
Vocês tem se destacado na cena death metal brasileira, e estão todos ansiosos para o lançamento do full album. Nos contem um pouco sobre o processo de gravação desse material.
Douglas: Esse material novo foi lapidado por uns 4 anos, período em que fazíamos vários shows e queríamos entrar em estúdio com as músicas prontas e afiadíssimas. Somos muito detalhistas e refizemos várias vezes antes de estarmos confiantes para de fato gravar. Gravamos as baterias num estúdio familiar à nós, o Bokada Estúdios, do nosso querido amigo e apoiador da cena, Marcelo Rubira. Cordas e vozes foram gravadas no estúdio do Bruno, Brut Áudio, onde ele também mixou. Aliás, o Bruno responde por toda gravação e mixagem. Fui responsável pela arte da Capa, design do encarte e também pelas letras.
Mou: O processo de composição foi longo, pois trabalhamos bastante para que soasse como um disco, e também foi bem variado, com músicas colaborativas e individuais. Na época eu morava em outra cidade, então nos juntamos apenas em alguns finais de semana para ensaiar e organizar as composições, o que acabou tornando o processo mais lento, mas estamos muito satisfeitos com o resultado.
O clipe de “State of Conspiracy” vem sendo muito elogiado e vocês anunciaram o lançamento de um lyric video de “Forgotten Decay”. Nos contem sobre a importância das produções digitais em época de pandemia e como a ausência de shows tem impactado a banda.
Mou: Eu diria que as produções digitais são muito importantes nos tempos atuais, a pandemia só deixou isso mais evidente. Esse tipo de conteúdo se tornou a forma praticamente exclusiva de mostrar os trabalhos realizados nesse período maldito. O plano inicial era filmar um clipe com roteiro e captação de cenas inéditas, mas dadas as condições tivemos que pegar registros de shows feitos antes da pandemia e transformar em um clipe. Gostamos do resultado e a repercussão está sendo bastante positiva!
A ausência de shows está nos matando hahahahah, pois somos uma banda que topa qualquer parada pra tocar, desde que seja viável. Lançar o novo disco sem um show vai ser bem chato, mas nos deixa mais pilhados para quando a oportunidade surgir de novo.
Indiquem 5 bandas de death metal nacionais que vocês ouvem e recomendam.
Mou: Somos grandes consumidores de bandas da região, pois são as bandas que dividem os palcos conosco no circuito gaúcho. Das bandas na ativa, indicamos Exterminate, Bloodwork, Burn the Mankind, Horror Chamber e Atropina. Dica bônus: Uma banda de thrash mas com um pézinho no death, Necromatório.
Douglas: Gostaria de citar além destas que o Mou citou, as bandas Khrophus, Lacerated and Carbonized, Clawn, Bloody Violence e Mawashi Geri.
Falem um pouco sobre a parceria com a Rapture Records e a importância dos selos no Brasil.
Douglas:Já conhecíamos o Geni da Rapture desde os primórdios, quando tocamos no Steel Festival, em Criciúma/SC, projeto organizado por ele e que teve mais de 70 edições. De lá pra cá houveram vários contatos ao longo dos anos, e como ele sempre fez um trabalho impecável firmamos mais uma vez a parceria para este disco, que é nosso primeiro Full Length. Acredito que um cena sem selos, não existe, só as bandas não teriam a rede de contatos que se forma através dos inúmeros contatos que um selo traz. Contato este entre público e demais selos e distribuidoras. Sempre trabalhamos de forma independente e na base do “Do it yourself” , e é natural a gente procurar pessoas que têm essa mentalidade. É nessa hora que os selos independentes fazem a diferença e a roda do underground girar.
Pelo último single, vimos que a banda é posicionada ideologicamente. Em tempos obscuros, qual é a importância em levar a mensagem contra o fascismo em letras ou posicionamentos?
Douglas: Nos posicionamos contra a opressão, vinda do estado ou da sociedade como um ser autônomo. Não se posicionar contra o fascismo é escolher o lado do opressor, entendo que por medo de represálias ou algo assim. Porém a música e as artes em geral, para mim, são o veículo mais forte de comunicação. Não usar esse poder é se acovardar. Eu simplesmente não consigo ver o caos que estamos mergulhados e não falar nada, não escrever sobre. Mesmo que seja metaforicamente, minha escrita tende à rebeldia, a luta contra o sistema, e claro a desesperança na raça humana. As letras expõem o lado podre do ser humano com suas alienações mundanas, seus medos e seus delírios obscuros, incluindo profundas alegorias de cunho social.
Obrigado pela atenção e esse espaço é de vocês. Deixem contatos e as considerações finais.
Mou: Agradecemos pela oportunidade, esperamos que gostem do nosso trabalho a ser lançado em seguida e não vemos a hora de ir tocar na região Nordeste do país, sempre ouvimos falar muito bem da cena! Grande abraço para todos e vida longa ao canal!
Douglas: Muito obrigado pelo espaço, esperamos poder voltar a tocar em breve e com certeza ainda vamos tocar pela região nordeste
Nos sigam nas redes para acompanhar os lançamentos:
Daniel Neves é curador da Conecta+ Música & Mercado
Nesta quinta-feira (19), o programa Autoral Brasil da Kiss FM recebe Daniel Neves que é curador e diretor da Conecta+ Música & Mercado, evento online voltado aos criativos da música e suas marcas e da Música & Mercado, publicação que aborda negócios do mercado musical. O Autoral Kiss FM vai ao ar às 20h em 92.5 FM (SP) e pelo Youtube.
Acompanhe o Autoral Brasil Kiss FM em youtube.com/RadioKissFMOficial Neves também foi eleito presidente da Anafima (Associação Nacional da Indústria da Música), entidade que representa o setor de áudio e instrumentos musicais, e do Conselho da Fremúsica (Frente Parlamentar Suprapartidária em Defesa da Indústria da Música).
Conecta+ é um congresso e feira de instrumentos musicais, áudio, iluminação e todas as soluções para quem ama, compõe, grava, produz, empresaria e vive de música de alguma forma. Por meio de inteligência artificial avançada, a Conecta+ irá reunir e conectar compositores, intérpretes, produtores, músicos, profissionais, influenciadores e todo o setor de serviços e produtos envolvidos no processo criativo do setor musical e de eventos.
Serviço
Programa Autoral Brasil Kiss FM recebe Daniel Neves (Conecta+ Música & Mercado)