Aneurose fala de difamação em clipe da faixa Coolzão

A banda Aneurose (Crédito: Rafa Ela Fotografia)

O quinteto mineiro Aneurose lança nesta quinta-feira (25) videoclipe para a música ‘Coolzão’, faixa que fecha seu mais recente trabalho ‘Made in Rage’ apresentado em abril de 2021. 

Assista Coolzão (link)

Ouça Coolzão (link)

Spotify: https://bit.ly/spotify-coolzao

Deezer: https://bit.ly/deezer-coolzao


A composição, que gira em torno de assuntos como difamação e falsidade, foi apresentada aos fãs com ação na rede social que esquentou a curiosidade. Uma briga fake foi publicada nas páginas do grupo e mostrava “uma conversa vazada” de alguém que se dizia amigo, mas, por trás, falava mal da banda. A campanha rendeu apoio e atenção do público que participou interagindo e comentando sobre o assunto até a banda revelar a intenção da publicação. 

“O clipe de Coolzão foi todo gravado com nossos celulares, que é uma forma de colocar toda a galera para dentro das cenas com a gente e também estimular todo mundo ao ‘faça você mesmo’”, explica o vocalista Wall Almeida.

Aneurose que é Wall Almeida (vocal), Sávio Chaves e Raphael Wagner (guitarras), Sthéfano Dias (baixo) e Kiko Ciociola (bateria) concentra na discografia os álbuns ‘From Hell’ (2013) e ‘Juggernaut’ (2016). Na estrada de desde 2002 e nascida em Minas Gerais, na cidade de Lavras, participou de tributos da gravadora inglesa Secret Service com versões para AC/DC e Black Sabbath e também de uma coletânea ao Sepultura com uma versão de ‘Sepulnation’.

Ouça também o álbum Made in Rage

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Exylle lança Sangue nas Ruas

Após dois anos do lançamento de seu primeiro álbum, a banda Exylle vem trazendo seu mais novo EP “Sangue nas Ruas”.

O foco deste novo trabalho é intensificar a mensagem e críticas sobre política e sociedade que a banda vem trazendo desde suas primeiras músicas, sendo que para isso o EP conta com 5 faixas inteiramente em português. As gravações ocorreram durante a pandemia e toda a situação que o Brasil anda passando serviu como inspiração para as composições. Além disso, o estilo característico da banda que mescla o Thrash e Death Metal permanece, porém as novas músicas possuem uma maior influência do hardcore, algo já presente em composições anteriores porém pouco explorado.

O EP também marca a estreia da nova formação da banda, que além de Kevin Vieira e Victor Hugo, conta com Winicius Rodrigues que já tocou em diversas bandas de hardcore de Curitiba (Infarto HC, Böriz Kasööy) e Isaac Murilo, que traz uma grande bagagem tocando em bandas de São Paulo e Curitiba (Porrada, Perpetual).

Sangue nas Ruas já está disponível nas principais plataformas de streaming, além disso, a música Seu Brasil ganhou recentemente um lyric vídeo produzido pela Nordic Filmes

O disco também sairá em formato físico ainda este ano através de um lançamento colaborativo realizado pelos selos Brado Distro, Vertigem Discos, Two Beers or not Two Beers Records, Terceiro Mundo Caos, Poeira Maldita Records, Underground Storm Records, Underground Gräves Distro e Capetóize Distro

Exylle iniciou suas atividades em 2014, e desde então vem se apresentando nas principais casas de shows e eventos da região sul do Brasil.

Lyric vídeo https://www.youtube.com/watch?v=WUMUh4qaifM

Plataformas de Streaming https://onerpm.link/4465533770

Facebook da banda: https://www.facebook.com/ExylleOficial

Instagram da banda:  https://www.instagram.com/exylle_official/
Desde já agradeço pela atenção
Daniel Silvawww.bradodistro.com.br

Mostrando A Consequência | Entrevista Com A Banda Mineira Aneurose

No berço brasileiro do metal encontramos bandas fizeram e fazem história. Esse é o caso a Aneurose, que está ativa desde 2002 fazendo um thrash metal com muita identidade e peso. Conversamos com o vocalista Wall Almeida que trouxe uma perspectiva mais ampla sobre a banda.

Fale um pouco sobre o início do Aneurose.

Wall Almeida: Quando começamos lá em 2002 a gente só queria tocar, beber e se divertir. Naquela época não pensávamos em ter a banda que nos tornamos hoje. A partir de 2011 quando resolvemos retornar de uma pausa nas atividades com nova formação, buscamos profissionalizar a banda o máximo que podíamos e foi aí que tudo passou a dar mais certo. É muito gratificante olhar para trás e ver tudo que conquistamos, mas é pouco perto do nosso objetivo.

Como foi gravar o “Made in Rage” em meio a pandemia?

Wall Almeida: Na verdade a maior parte das gravações do “Made in Rage” foi finalizada em fevereiro de 2019. Estávamos com material pronto quando a pandemia estourou, causando uma incerteza muito grande em todo o mundo, e por isso resolvemos esperar para lançar o disco. Durante a pandemia escrevemos a música “Ruptura”, essa nós fizemos todo o processo em home office, gravamos em nossas casas e mandamos para nosso produtor Celo Oliveira. Assim, consideramos o disco completo e resolvemos lançar nesse ano.

O clipe da música “Ruptura” tem sido muito elogiado pela galera da mídia independente. Por que a escolha da música?

Wall Almeida: Nossa ideia é fazer clipe para muitas faixas do novo disco. Ruptura retrata o momento atual que estamos vivendo, e por isso foi uma escolha óbvia para nós lançar o primeiro vídeo com essa música.

Ainda sobre a música “Ruptura”, a letra tem um teor bem crítico aos tempos difíceis que vivemos que se aprofundam com a desinformação. Falem um pouco sobre esse som.

Wall Almeida: Essa música é uma das minhas favoritas de toda nossa discografia. Eu estava em casa entediado, tomando umas cachaças e tocando violão e tive a ideia da música e liguei para o Raphael Wagner pra gente compor. Depois disso trabalhamos junto com toda a banda e escrevemos a letra. Espero que a mensagem dessa canção possa abrir os olhos das pessoas quanto à gravidade dessa pandemia.

Com a impossibilidade de shows, as redes sociais tem sido uma forma de aproximar bandas e público. Vemos que vocês são bastante ativos nos canais da banda, sempre interagindo com a galera. Como tem sido para vocês ficar sem o presencial e ficar só com o virtual?

Wall Almeida: As Redes Sociais são hoje nossas maiores aliadas, então com certeza precisamos utilizar ela a nosso favor, mas nada substitui o presencial né? Essa é nossa forma favorita de interagir com o público, tocando, fazendo mosh e trocando ideias. Não vemos a hora disso tudo acabar para voltar para estrada.

Vimos que o “Made in Rage” saiu em material físico. Qual é a importância do CD na era do streaming?

Wall Almeida: Eu particularmente adoro material físico, mas sei que boa parte da galera prefere o streaming. Como já disse certa vez Marcelo Pompeu, “-antes fazíamos shows para vender discos, hoje gravamos discos para vender shows”. O material físico realmente é um cartão de visitas importante, mas nós valorizamos muito os fãs que colecionam nossos discos, então não podíamos deixa-los na mão.

Quais são os planos da banda para o pós pandemia?

Wall Almeida: Se tudo correr bem com a vacinação e imunização da população pode ter queremos pegar a estrada, tocar em todas as regiões do Brasil e quem sabe pela América Latina. Podem esperar também uma edição especial do Aneurose Festival, esperamos fazer um 2022 inesquecível.

Pra esse ano, ainda teremos lançamentos? Teremos novidades?

Wall Almeida: Com certeza! Como disse, em breve lançaremos novos clipes e muito mais! Podem aguardar.

Muito obrigado pela atenção e parabéns pelo trabalho. Esse espaço é de vocês, deixem um recado e os links para contato.

Wall Almeida: Em 2021 não teremos a volta de shows, eventos, e isso é muito prejudicial não só para nós músicos como para todos envolvidos diretamente na indústria de eventos. Porém somos otimistas e acreditamos que temos que fazer nossa parte, estamos trabalhando para gerar conteúdo que dê suporte e alivie as pressões da quarentena e distanciamento social da galera, queremos que nossa música seja uma válvula de escape, e que ajude o pessoal a ficar em casa. Se cada cidadão fizer sua parte as coisas tendem a melhorar. Espero e desejo do fundo do coração que a gente passe logo por essa fase terrível e que seja rápido. Usar máscara, higienizar as mãos, fazer o distanciamento social e se vacinar é o dever de todos que querem ter suas vidas “normais” de volta.

Muito obrigado a você pelo espaço e parabéns pelo seu trabalho, é de extrema importância para nossa cena. Agradeço a todos que sempre nos apoiam e motivam a gente a continuar nessa luta. Rock on!

Links:

Vídeos oficiais:

Ruptura: Aneurose – Ruptura [OFFICIAL MUSIC VIDEO] – YouTube

Deathly, Cold, Chill: https://youtu.be/qKE33FuTngY

Drunk as Skunk: https://www.youtube.com/watch?v=At_lWKlI_uc

Butcher: https://www.youtube.com/watch?v=RLqn4TiPkdc

Hunting Knife: https://www.youtube.com/watch?v=-_CViwA8CXM

Discografia disponível para audição no Spotify, Deezer e demais plataformas de streamings:

Made in Rage (2021)

Juggernaut (2016)

From Hell (2013)

Páginas oficiais:

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Ateie Fogo! Entrevista com a banda de Thrash/Death Setfire

A banda paulista Setfire, original de Mauá, tem sido muito assídua nessa quarentena. Eles lançaram um full album, dois clipes, playthrough de guitarra e agora sessões de quarentena. E eles querem que a chama se espalhe ainda mais. Confira a entrevista que fizemos com eles.


Conte um pouco sobre o início da banda e a trajetória para chegar até aqui.

Antes do Setfire, tínhamos uma banda Cover de Sepultura+Pantera, chamada Territory Hostile. O Setfire é um banda de Thrash Metal paulista, oriunda da cidade de Mauá/SP, formada em Junho de 2009 com foco em composições próprias e com fortes influências de bandas como Pantera, Sepultura, Torture Squad, Death, Slayer, Lamb of God entre outras. Em 2010 lançamos o EP Deserted Land com 5 faixas, o qual rendeu muitas críticas positivas em sites, revistas, rádios, tanto no âmbito nacional quanto internacional, desse EP lançamos dois videoclipes das músicas Envy Shit e Revolution of Machines. Em 2015 o “Deserted Land” foi relançado na versão de fita cassete pela gravadora Norte americana Hotarex, remasterizado e com a capa redesenhada. A banda promove um Festival titulado “Setfire Fest” desde 2014 na cidade de Mauá-Sp, com a intenção de abrir espaço para as bandas do cenário independente apresentarem seus trabalhos, reunir o público para prestigiar o evento e fortalecer a Cena Rock/Metal na região Abc Paulista. Já foram realizadas 5 edições do Setfire Fest, com participações de bandas como: Vooodoopriest, Attomica, Vírus, Distraught entre outras. A formação atual da banda conta com Artur Morais nos vocais, Michael Douglas e Fernando Ferre nas guitarras, Felipe Jeronymo no contrabaixo e Nikolas Marcantonatos na bateria. Lançamos recentemente o nosso mais novo álbum Spots of Blood nas plataformas de Streaming e em mídia física. Desse CD, lançamos dois clipes das músicas Paralyzed e Paranoia, e um Lyric Video para a música Careless.

Em meio a pandemia e a impossibilidade da realização de tours, muitas bandas tem adiado os lançamentos, no entanto vocês optaram por lançar o excelente álbum Spots of Blood e dois clipes, que tem sido muito elogiados. Por que escolheram manter o lançamento? Isso impactou a resposta do público?

Nesse período de Pandemia a grande maioria das pessoas estão mais conectadas a internet, aproveitamos essa oportunidade para lançar o Spots of Blood em todas plataformas de Streaming juntamente com os clipes e estamos trabalhando fortemente nas Quarentine Sessions, que inclusive já foram lançados dois vídeos das músicas Nordeste e Revolution of Machines no nosso Canal do YouTube. A resposta do público vem sendo muito satisfatória, tanto relacionado ao Spots of Blood, quanto aos clipes lançados, estamos recebendo muitos elogios e um enorme reconhecimento da galera.

Vemos um Setfire mais maduro nesse trabalho. Como foi o processo de gravação do Spots of Blood?

Na época que lançamos o EP Deserted Land, logo após começamos a trabalhar nas composições do Spots of Blood, porém quando estávamos compondo a sexta música, conhecida hoje como Paralyzed, teve a saída do baterista Alex Momi da banda. Em 2013 o baterista Alex Kruppa assumiu o posto e reiniciamos o processo de composição das músicas, mas ele também deixou a banda após um período de 1 ano e meio. Em 2014 o baterista Daniel Balbinot entrou na banda, compôs a batera de todas as músicas e gravou o Spots of Blood na íntegra. Por esses motivos tivemos um bom tempo para amadurecer as composições e deixá-las cada vez mais próximas do que tínhamos como objetivo. O processo de composição da banda sempre foi bem democrático, todos integrantes davam suas opiniões em toda a estrutura da música, desde as linhas vocais até a batera, tudo de uma forma bem organizada e numa boa parceira. O interessante nisso tudo é que cada um conseguiu colocar um pouco de sua influência nas músicas e ficamos muito satisfeitos com o resultado. Com as músicas prontas fomos ao mesmo estúdio que gravamos o EP Deserted Land, chamado Acústica, localizado na cidade de São Caetano do Sul-Sp. O Danilo Pozzani foi responsável pela produção, mixagem e masterização do Disco e fez um trabalho extraordinário, os toques dele na produção das músicas foram essenciais para fazermos os últimos ajustes que precisava antes de iniciarmos as gravações.

Vocês divulgaram um vídeo muito bacana da participação do Vitor Rodrigues (ex Torture Squad e ex Voodoopriest) na música “The Thin Line”. Contem um pouco sobre essa parceria.

A amizade com o Vitor Rodrigues existe desde o lançamento do nosso EP Deserted Land em 2010, numa apresentação do Torture Squad entregamos o material pra ele na época e pouco tempo depois, ele enviou um e-mail pra banda com uma resenha extremamente detalhada de cada faixa do disco, ficamos muito felizes e impressionados com a atitude dele, daí em diante continuamos mantendo contato e essa amizade só se fortaleceu com o tempo. Convidamos ele para dividir os vocais com o Artur Morais na música The Thin Line e ele aceitou numa boa participar, tudo aconteceu de forma bem natural, o Artur entrou em contato com ele e o deixou a vontade para cantar nas partes que ele achasse melhor e se sentisse mais a vontade, não teve nenhuma regra. Ele curtiu demais a música e no estúdio arregaçou nos vocais (risos), cantou literalmente com a alma e se sentiu muito bem, dizendo pra gente que havia sido uma das melhores participações que ele havia feito, pela forma natural que aconteceu.

Por que vocês optaram por letras em inglês? Qual é a temática das letras que compõe o álbum?

A escolha do idioma foi para atingir de forma universal todos os públicos e facilitar as aberturas de portas pra banda com o resto do mundo. A parte literária da banda sempre foi pautada ao protesto à pobreza, o alerta ao crescimento tecnológico e seu impacto na história, as atitudes de violência e revolta geradas pelo estilo de vida que a sociedade impõe e o cotidiano das interações humanas. E nesse CD não foi diferente, o álbum Spots of Blood retrata em cada letra, as “manchas de sangue” deixadas pelo homem por suas atitudes erradas e decadentes ao longo da história, vale a pena ler com calma e refletir sobre o tema de cada letra. Temos uma música com a letra em português no álbum, chamada Macaco ou o Rato, que retrata a alienação da mídia sobre a sociedade.

Indiquem 3 bandas nacionais independentes que vocês gostam e ouvem o som.

Krisiun, Claustrofobia e Korzus.

Após a pandemia, podemos esperar uma tour aqui no nordeste?

Temos a pretensão de fazermos uma turnê “pós-pandemia” para divulgação do Álbum em âmbito nacional e dando tudo certo, com certeza na nossa rota o Nordeste estará incluso.

Obrigado pela atenção. Deixem uma mensagem para o público.

Primeiramente gostaríamos de agradecer ao Moisés Duarte do blog “O Colecionador – Música independente” pela abertura do espaço para falarmos um pouco sobre o trabalho e história do Setfire.

E mandar um abraço e agradecimento a todos os nossos fans(Firebangers), que acompanham nosso trabalho e são o combustível para as chamas do Setfire, sem vocês nada disso faria sentido!!!

Quem não conhece ainda o nosso trabalho, acesse os links abaixo para conferir:

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Junte-se ao fogo e vamos incendiar!

#jointhefire

“The Revolution Continues” – O Thrash Metal com Consciência de Classe do Red Razor

Uma das gratas surpresas que 2019 me reservou, foi conhecer o trabalho da banda catarinense Red Razor. Justamente em um dos estados com maior índice de apoio a Bolsonaro, é de onde surgiu um dos melhores trabalhos lançados esse ano: The Revolution Continues, lançado pelos selos Under Machine Records, Helena Discos, Resistência Underground, Escória Distro, Antichrist Hooligans Distro e Tales From the Pit . Para os fãs de thrash metal da velha escola, o disco é obrigatório.

capa é assinada por Andrei Bouzikov (Municipal Waste, Violator, Toxic Holocaust, S.O.D., Autopsy…)

Neste disco eles incluíram novos elementos musicais, principalmente de Death Metal, com vistas a construir uma sonoridade mais própria, respeitando as suas influências mas criando algo mais original. Além disso, o teor político nunca esteve tão em evidência. ” Entendemos que a arte é um importante mecanismo político e não podemos fechar os olhos à ascensão do pensamento fascista no país, trazendo músicas com temática voltada a denunciar o processo de ruptura com a democracia que estamos vivenciando desde 2016 (RIP Democracy) e o agravamento da violência contra populações periféricas (Violent Times) ” – comentam.

Faixa a Faixa

A faixa que dá nome ao disco, abre o álbum com riffs clássicos do thrash metal e muita energia. A letra coloca a revolução como um fato, a revolta da cerveja. Em um tom divertido, a mensagem na realidade ressalta a importância do boicote a grandes corporações multinacionais que injetam um grande capital em propaganda, crítica ao que as mesmas fazem com a nossa terra e pede apoio aos pequenos comerciantes.

For Those About Thrash entra na sequência é uma ode aos thrasers e justamente por isso começa com uma levada perfeita para o circle pit. Com solos excelentes de Daniel Rosick e Fabricio Valle, tem tudo para se tornar um clássico da banda.

Violent Times, por sua vez, denuncia a indústria armamentista que corrompe o estado (vide aqui a bancada da bala) e mata todos os dias o povo periférico em uma falsa guerra contra as drogas. Destaque para o baixo que gruda na nossa cabeça;

Born in South America é o single que já havia sido lançado pela banda e tem destaque pra batera que é colocada à velocidade da luz. Mermão, que som! Peso, velocidade, raiva. Tem tudo nesse som. A letra retrata a exploração indígena pelos primeiros colonizadores, exploração essa que se estende aos dias de hoje, pelos neoimperialistas.

R.I.P Democracy fala sobre a votação que perpetuou o golpe no Brasil. Votação sem crime de responsabilidade, mas por Deus, pela Família, a nossa democracia morreu. Solos muito bem executados e nada chatos, vocal e backing vocals são os destaques do som.

Sour Power é outro som que liga cerveja à revolução em analogias. E que riffs, meus amigos. É pra ficar tonto, como numa bebedeira!

Brewtal Mosh fala da realidade do trabalhador explorado em subempregos que odeiam, e buscam na cerveja e no mosh um escape para a realidade. O destaque desse som é o vocal que é colocado em alguns momentos como Tv Party do Black Flag. Instrumental perfeito. É um dos pontos altos do disco.

Fechado o trabalho temos The Sadist, narra o nascismento do serial killer conhecido como Vampiro de Düsseldorf. Com vocal mesclando o gutural com o gritado, clássico do thrash, e andamentos criativos, celebra com chave de ouro essa ode ao thrash metal brasileiro.

Track List:

1. The Revolution Continues
2. For Those About to Thrash
3. Violent Times
4. Born in South America
5. RIP Democracy
6. Sour Power
7. Brewtal Mosh
8. The Sadist

LINKS adicionais:

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Red Razor Inflama o Cenário Com Proposta Revolucionária

Os fãs de thrash metal old school em breve receberão o novo trabalho da excelente banda Red Razor. “The Revolution Continues” promete ser um grande álbum de um metal posicionado politicamente e que tem uma atividade forte no DIY catarinense. Se você gosta de bandas como Metallica, Testament, Annihilator, Anthrax, Megadeth, Slayer, Kreator, Pantera, Sepultura, Destruction, Overkill, Exodus, a Red Razor é a banda pra você.

Foto por Nefhar Borck

Vocês estão prestes a lançar um novo álbum, o “The Revolution Continues”. Fale um pouco sobre o conceito, ilustração, selos…

Eu diria que “The Revolution Continues” marca uma transição importante na banda. Ano passado, quando estávamos prestes a entrar em estúdio, tivemos a primeira mudança na formação desde 2012. Além disso, nosso disco anterior foi escrito entre 2012 e 2014 e portanto tinha um clima mais festivo, que refletia um pouco do período que o Brasil vivia, depois de anos de crescimento da economia e da posição que o país ocupava no xadrez político internacional. Embora houvesse músicas com posicionamento mais sério, tipo “Controversial Freedom” ou “Temple of Lies”, a gente se sentia bastante confortável em cantar sobre cerveja. A partir de 2015, intensificou o crescimento da extrema direita, tivemos o golpe em 2016 e a eleição de um psicopata para presidente em 2018, então era natural que nossa postura fosse ficando mais politizada. No entanto, no disco temos músicas escritas entre 2013 e 2018 e há uma mescla entre material mais político e material mais festeiro e por isso digo ser um disco de transição, que está representada na capa, feita pelo Andrei Bouzikov (Violator, Municipal Waste, Toxic Holocaust, etc), que traz a revolução da cerveja (primeiro disco) se transformando numa revolução política. O disco será lançado por nós de forma independente mas com a parceria de 6 selos, sendo dois aqui do sul (Under Machine e Antichrist Hooligans Distro), dois do sudeste (Helena Discos e Tales From the Pit) um do norte (Escória Distro) e um do nordeste (Resistência Underground). Estamos também na reta final pra acertar o lançamento dele no exterior.

A banda tem um posicionamento antifascista claro. Em uma época em que boa parte da cena metal acredita que não se deve misturar música e política, como tem sido a recepção do público ao som de vocês?

A gente perdeu alguns fãs e ganhou outros, o que era esperado. Ninguém gosta de perder fãs, mas as vezes é inevitável. A parte mais positiva é que tu traz pra perto de si pessoas mais identificadas e engajadas com a tua própria forma de pensar, o que reduz fadigas futuras rs.

Como está a cena catarinense em relação a shows, bandas e público? O que vocês destacam?

A cena catarinense sempre foi forte localmente, mas poucas bandas conseguem ir levar seu som pra fora do estado. Há um certo circuito de festivais que dá palco pra galera daqui, mas há muito pouco interesse do centro do Brasil (leia-se SP, principamente) sobre a cena daqui. Há muita gente querendo vir tocar nos festivais daqui, como Maniacs Metal Meeting ou Otacílio Rock Festival, mas pouco interesse de produtores de outros estados em levar as bandas daqui pra tocar fora.

Foto por Nefhar Borck

Como vocês avaliam a influência da conjuntura atual do país na nossa cena? Vocês acreditam que está enfraquecendo ou fortalecendo?

Do ponto de vista de produção cultural, acho que fortalece. Os melhores discos de música brasileira foram feitos no período da ditadura militar, justamente porque a arte era um dos refúgios que as pessoas encontravam pra poder se expressar. Então houve discos fantásticos de Chico Buarque, Sérgio Sampaio, Belchior, Zé Ramalho, todo o movimento da psicodelia pernambucana (Ave Sangria, Lula Côrtes, Marconi Notaru, etc), assim como o nascimento das cenas punk, com Ratos, Cólera, Olho Seco e metal nos anos 80, com Sepultura, Vulcano, Dorsal Atlântica, entre tantos outros. De outra parte, acho que enfraquece os eventos, com a polícia se sentindo empoderada e realizando prisões ilegais como temos visto acontecer. Isso pode deixar alguns produtores com medo.

Quais são os planos futuros da banda?

Queremos fazer turnê, tocar pelo Brasil e no exterior. Estamos muito satisfeitos com o resultado alcançado no disco e acreditamos que quem se der ao trabalho de ouví-lo vai gostar também. Se tudo correr como planejado, lançaremos um clipe junto com o disco pra ajudar a promovê-lo.  A gente espera que não demore tanto pra lançar o disco seguinte como foi esse hiato de 4 anos entre o primeiro e segundo disco. 

 Podemos esperar uma tour nordeste?

Com certeza, o plano original era lançar o disco em julho e fazer a turnê pelo Nordeste já em agosto, mas não conseguimos acertar shows suficientes, então no momento estamos bolando uma tour pro nordeste em novembro desse ano ou no mais tardar ano que vem. 

Considerações finais.

Obrigado mais uma vez pelo espaço. Com tantos veículos de mídia se fingindo de isentos mas fiéis ao Bolsonarismo, é indispensável a existência de blogs como “O Colecionador”.

LINKS:
Bandcamp: http://redrazor.bandcamp.com/
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CLAUSTROFOBIA inicia tour norte americana

Em viagem pelos Estados Unidos desde meados de 2018, o Claustrofobia vem ganhando cada vez mais força e representatividade em solo americano. Após comunicar uma série de shows por locais importantes da Califórnia, o trio mais poderoso do Thrash Metalbrasileiro, apresenta aos fãs um tour que irá percorrer vários estados e cidades norte americanas.

A tour intitulada de “Pandemoniun In The Pit” terá início dia 10 de maio de 2019 e contará com 13 datas, sendo o último dia 23 de maio, ou seja, o Claustrofobia em um prazo de 14 dias, estará em 13 cidades diferentes levando todo seu peso e qualidade para os headbangers americanos.

Em breve o grupo estará apresentando novidades aos fãs brasileiros e retornando ao Brasil para uma apresentação épica no Rock In Rio 2019.

Formação:
Marcus D’Angelo – vocal, guitarra
Rafael Yamada – baixo
Caio D’Angelo – bateria

Links importantes

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Kultist “The Black Goat”

As duas últimas semanas tem sido de gratas surpresas quando se trata de lançamentos na cena. Após os ótimos lançamentos da Red Razor, Mercy Killing, Manger Cadavre? e Surra, a banda de thrash metal que tem contos de H.P. Lovecraft como base nas letras, Kultist nos presenteou com o ótimo álbum “The black goat”.

Com capa assinada por Wendell Narkedmi, esse é um trabalho conceitual muito bem gravado e executado, possui sete músicas inéditas gravadas no estúdio Bay Area em São Paulo e o single “Black Swamp”, gravado no projeto Rubber Tracks do estúdio Family Mob em 2016, como bônus.

Formada por Yasmin Amaral na guitarra, Karine Campanille no baixo, Letícia Figueiredo na batera e Dan Pacheco no vocal, a banda teve a ajuda dos selos Crust or Die, Helena Discos, 2 beers or not 2 beers, Brutal Grind Recs, Eletric Funeral, Carniça, Weirdo, Brado Distro e Vertigem Discos para o lançamento.

Fiquei muito contente em ouvir uma banda que puxa para o thrash mais arrastado, com riffs melhor trabalhados, com referências de Kreator e algumas coisas de Sepultura e Slayer. O grande destaque da banda é com certeza a guitarra. Além disso, Kultist brinca com outros estilos e nesse crossover de influências que vão até as mais obscuras, o vocal de Dan Pacheco é visceral!

Os pontos altos do lançamento são “Shub-Niggurath” que mescla clima pesado com riffs clássicos. “Eternal Abyss“ e “Frozen Fear” me fez pensar que Kultist é o Kreator brasileiro, mas a banda não s limita às referências e faz um som cheio de identidade e peso. “Black Swamp” é o som mais animado do trabalho e deve render moshs brutos.

Cabe ainda destacar que Kultist é uma banda formada por três mulheres na base instrumental e com o vocal masculino, o que vai de contra mão ao padrão das bandas mistas que geralmente contam com mulheres no vocal. Destacamos também que, por ser temática, a banda possui uma estética bem ocultista, com direito a pentagramas e maquiagem.

Ouça:

Bandcamp:
kultistband.bandcamp.com

Spotify:
https://spoti.fi/2JilRkF

Deezer:
https://www.deezer.com/en/album/91026152

YouTube:
https://bit.ly/2vPkba5

Mercy Killing “Escravo Neoliberal”

Mercy Killing é uma banda que existe desde o final dos anos 80 (formada em Salvador/BA), que tem feito muito pelo thrash metal curitibano (cidade da atual formação). No final de abril eles disponibilizaram o EP “Escravo Neoliberal”, que tem a postura antifascista como temática central.

O EP foi gravado no Caveirão abd MM Studios entre janeiro e março desse ano e teve a arte de capa assinada por Ibere Jones.

Com três sons, “Escravo Neoliberal” nos faz querer ouvir mais umas duas ou três vezes, o trabalho (esperamos que a banda traga um full em breve). Tumulto é um som que tem referências a truculenta ação do Governo do Estado do Paraná ordenada pelo governador (na época) beto richa e pelo secretário de segurança, Fernando Francischini, contra os Servidores Públicos do Estado, notadamente os Professores da Rede Pública de Ensino. O som tem um instrumental muito bom, com destaque às viradas de bateria que com certeza vão anunciar os mosh pits. O refrão fica facilmente em nossa cabeça: protesta! porrada, reclama! porrada. Na sequência, Sufrágio é um som que critica o dito cidadão de bem, que é alimentado com ódio e mentiras. “Retrato imundo da sociedade” é o som favorito dos fãs de thash metal tradicional, com passagens clássicas do estilo. É antes de tudo um som anticapitalista.

O grande destaque fica para os vocais rasgados de Tati Klingel, que tem uma métrica perfeita e muita personalidade em seus timbres. 

Para você que acha que o metal é conservador e reacionário, Mercy Killing é uma das bandas que está há décadas na resistência antifascista e anticapitalista. Todo o nosso respeito!

Links relacionados:

Bandcamp:
https://mercykillingbr.bandcamp.com
Facebook:
https://www.facebook.com/mercykillingBR/

Mercy Killing lança lyric video de “Tumulto”

O thrash metal é apolítico? Quem afirma isso não lê as letras das bandas. A cena brasileira, por sua vez, não fica atrás. Começamos a semana com o lançamento do lyric video do single “Tumulto” da Mercy Killing (Curitiba/PR), que foi produzido pela própria banda.

As imagens foram compartilhadas em 29 de Abril de 2015 por Heracto Kuzycz Assunção, em Curitiba, durante a truculenta ação do Governo do Estado do Paraná ordenada pelo governador (na época) beto richa e pelo secretário de segurança, fernando francischini, contra os Servidores Públicos do Estado, notadamente os Professores da Rede Pública de Ensino.

No mesmo momento do massacre dos servidores a Assembleia aprovou, por 31 votos a 20, o confisco da poupança previdenciária dos servidores do estado do Paraná. E o defenestrável franscischini, pai do atual deputado que usou verbas públicas para pagar contas nas baladas da cidade, afirmou que não se arrepende de nada. Relembrando que ambos seguiram a cartilha de outro político covarde e corrupto, alvaro dias, que tomou a mesma atitude violenta em 1988.

Em breve resenha do novo EP da banda “Escravo Neoliberal”.

Mercy Killing é:
Tati Klingel: vocais
Alexandre “Texa”: guitarra
Leonardo Barzi: baixo José
Sepka: bateria