CENA CATARINENSE – Conheça 5 Bandas Brutais do Estado

O Brasil é continental e também conta com bandas excelentes fora do eixo Rio/São Paulo. Sabemos o quanto é difícil para bandas de todas as regiões conseguir propagar o seu som pelo país. Por isso, sempre que possível, iremos indicar 5 bandas de cada um dos 26 estados e Distrito Federal. Hoje, começamos com o estado de Santa Catarina. Esperamos que vocês ouçam e curtam!

RED RAZOR, Thrash Metal Revolucionário

Se você é fã de thrash ao melhor estilo Kreator, que mescla revolução, riffs velozes e, aquilo que não pode faltar em um bom show, cerveja, Red Razor é uma das bandas mais interessantes do estado. O quarteto, que é da capital Florianópolis, se destaca pela execução enérgica dos sons, em composições ricas em detalhes e fáceis de grudar na cabeça.

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HAUSER, Grindcore Visceral

Santa Catarina ficou conhecida por produzir bandas de grindcore excepcionais como a Homicide (que não está mais em atividade), e ainda hoje continua fazendo escola. É o caso da banda de Jaraguá do Sul (Jaragrind) Hauser. Na clássica pegada em que você não pode piscar, senão perdeu 4 sons, a banda despeja fúria agressiva em riffs pesados e bateria que é uma marretada na cabeça. Os fãs da anti música agradecem.

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REST IN CHAOS, Semeando o Caos com seu Thrash/Death

Pode ser uma imagem em preto e branco de 2 pessoas, barba, pessoas em pé e área interna

Com um dos melhores lançamentos de 2020, a Rest in Chaos é uma agradável surpresa, oriunda de Florianópolis, para quem curte um som mais técnico, porém não menos agressivo. A banda tem ganhado notoriedade tanto por sua qualidade musical e de audiovisual, quanto pelo espírito DIY. Thrash metal, com referências de death metal e até alguns toques de bandas como Gojira. Destaque para o baterista Marlon Joy (Ex Homicide), que está mais violento que nunca na execução das músicas.


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Cäbrä Negrä, Grind Crust do Tinhoso Contra o Neofascismo

Conhecemos a banda em uma indicação no Canal Scena e depois de conferir do Ao Vivo, ficamos ainda mais fãs do trio que também é de Jaraguá do Sul. Com agressividade constante, a banda não tem baixista e, sinceramente, não fez falta no som, pois todo o peso já está ali! Em um dos estados mais conservadores do país, eles dão a cara a tapa e lutam claramente contra o neofascismo. Em atividade desde 2018, é um dos nomes que prometem renovar a cena com força.

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EUTHA, A Resistência do Hardcore Catarinense

Pra quem acha que a brutalidade só fica no metal e no grind, está muito enganado. A banda Eutha é uma das mais ativas e representativas do estado, somando com bandas, coletivos e levando sua palavra a frente. Pra quem é fã de hardcore anos 90, a indicação é quente, com riffs pesados do metal e vocal característico do estilo. Se você ainda não viu o vídeo de pandemia “Made in Desterro”, corre pro YouTube dos caras, pois está pesado!

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MELHORES DO ANO: Provando Que 2020 Não Foi Perdido

Saudações a todos que acompanham a minha singela coleção virtual, ilustrada em textos. Agradeço ao apoio de todos que fortaleceram o trabalho do blog e que aumentaram a lista dos títulos de discos aqui em casa, enviando material. Nesse ano tivemos tudo de ruim. Queimadas, desgoverno de um lunático de extrema direita, pandemia, desemprego em massa e a lista de coisas tristes só aumenta. O que seria de nós se não fosse a música para nos salvar? Por isso, para não sentar e chorar, vamos falar das coisas boas de 2020. Chegamos a nossa clássica lista de melhores do ano, na nossa opinião.

SINGLES

Nervosa “Perpetual Chaos”

Prika Amaral apresentou a nova formação da Nervosa na velocidade da luz, apresentando dois singles, que tiveram produção de Martin Furia e foram gravados na Europa. E, meu irmão e minha irmã, o grupo já se mostrou ser mais que uma super banda: Nervosa é uma potência mundial.

Creatures “Lighting in my Eyes”

O heavy metal brasileiro ganhou um novo fôlego e voltou às suas raízes verdadeiras de satanismo, revolta e NADA de conservadorismo. O grande destaque de Lighting in my Eyes é o vocal afinadíssimo e os solos envolventes. É o som que a galera fatidicamente estaria dançando se voltássemos aos anos 80. Como diria o pessoal do Canal Scena, uma banda sensual.

AnkerkeriA “Baph Metra”

Fortaleza conta com bandas incríveis de variados gêneros. Um deles é o death metal. A AnkerkeriA lançou o single Baph Metra com um clipe impecável em termos de produção e enredo (para assistir, você precisa estar logado no YouTube e ser maior de 18 anos). O som é muito bem executado, com variações que fogem do óbvio e coloca a banda dentre as grandes no país.


Inraza “(Still) Stuck

O primeiro dos dois singles lançados pela banda durante 2020 é o que mais me chamou a atenção. A banda que faz um metal moderno está caminhando para a maturidade, evoluindo conforme vão lançando mais materiais. Destaque para os vocais extremos intercalados com os limpos da vocalista Stefanie. Aguardamos um full album para 2021 e uma tour no nordeste assim que a pandemia acabar.

EP´s

Desalmado “Rebelião”

A banda citada por Max Cavalera não poderia ter soltado nada menos que um EP espetacular. Voltando ao português, a banda mandou o recado reto sobre os tempos que enfrentamos desde o golpe, em uma ode para que o povo se organize contra as opressões da extrema direita. Qualidade técnica, agressividade, arranjos empolgantes e vocal furioso. Rebelião deveria ter sido um álbum. Destaque para “Esmague os Fascistas” que contou com a participação de Nata Nachthexen, vocalista da Manger Cadavre?.

Hellway Train “Lockdown Reborn”

Os mineiros do Hellway retomaram a banda com um EP incrivelmente forte! Com um clima cheio de energia que o heavy metal pede, o trabalho fala de transtornos psicologicos. Pra quem respira som dos anos 80, é uma indicação que você vai agradecer! Destaque para o vocal de Marc que lembra muito Rob Halford.

Isinkú “Damnatio Memoriae”

Com seis sons é uma ode ao black metal anti imperialista. A banda que é de Natal/RN, nasceu para fortalecer ainda mais o cenário brasileiro do gênero, com posicionamento claro antifascista. Aqui os destaques são para as composições dos riffs e o clima gerado nas músicas. Pode ouvir sem medo, pois o som é muito bom, assim como letras e ideias.

Surra “Trashpunk Teleport: Submundo 2121”

Esse EP chegou aos 45 do segundo tempo, mas foi um gol de placa do Santos, ou dos santistas do Surra. São cinco faixas bem raivosas, que saíram com um gibi (que infelizmente ainda não vi, mas pretendo adquirir em breve). O grande destaque fica para “Nossa Reação”, que nos faz imaginar a galera cantando juntos nos shows “pra – queimar – no inferno – e comemorar a consolidação do império” e que ainda tem solo, meus consagrados. Uma verdadeira obra de arte!

Expurgo “Entropic Breath”

Os mineiros do Expurgo mostraram mais uma vez porque são uma das maiores bandas de grindcore brasileiras. O EP “Entropic Breath” traz toda a brutalidade sonora que já conhecemos, acompanhada de letras precisas. Se você busca o grind raíz, esse EP é obrigatório.

Dead Enemy “Knowing the Enemy”

A renovação do thrash crossover brasileiro também está acontecendo! Após o lançamento da primeira demo, a Dead Enemy de Fortaleza mandou o incrível EP “Kwoing the Enemy”. Rock veloz que faz você colocar a bolachinha para rodar pelo menos umas três vezes. “Broken Shape” é o som que mais nos prendeu. Ainda ouviremos falar muito nessa banda.

Cruento “Mar de Ossos”

Indo para o interior de São Paulo, mais precisamente Jacareí, no Vale do Paraíba, Cruento faz um crust punk visceral, com a fúria clássica do estilo. Mar de Ossos é um EP que conta com cinco músicas que mostra o quanto a banda amadureceu nesses anos. “Homem Lixo” que também ganhou um lyric video, é o grande destaque desse trabalho.

Vermenoise “O Outro”

O grindcore paulista foi presenteado com o lançamento excelente do EP “O Outro” da Vermenoise. Com cinco faixas curtas, como é comum do estilo, a banda mostrou que está mais violenta que nunca, aliando a brutalidade do som aos ideais da banda, mensagens essas contidas nas letras. Destaque para o vocal monstro da Chris.

Carnal Atrocity “Degenerescência”

Com esse nome difícil de se pronunciar, foi uma grata surpresa nos depararmos com esse projeto, que trata-se de um duo: Karine Campanille fazendo os vocais, arranjos de guitarra, baixo e sintetizadores e Emiliano a bateria. Tem grind, tem death metal, indicado para fãs de Carcass.

Álbuns completos

Vazio “Eterno Aeon Obscuro”

Começando a listas dos full albuns com o melhor lançamento de 2020, indiscutivelmente. Apresentado a muitos como nós pelo Canal Scena, o álbum conta com um black metal que é um tapa na cara dos reacionários. Com base no punk, a banda conseguiu trazer toda a brutalidade do gênero aliado ao clima e com mensagens precisas. Falar do Vazio será sempre incompleto. É preciso contemplar a escuridão.

Exsim “Exsim”

Os nossos conterrâneos aqui de Recife do Exsim lançaram um álbum auto intitulado muito bom. Grindcore clássico, com batera a milhão, em um álbum que tem dezessete músicas. Mas não se engane, ele tem a rapidez que o grind pede. Então coloca no repeat e seja feliz!



Podridão “”Revering the Unearthed Corpse”

Pra quem curte um death metal mais primitivo, esse álbum que conta com onze faixas é um prato cheio. Metal morte com direito a sangue, doenças venéreas e diarréia. Se você é fã de Cannibal Corpse, com certeza vai curtir esse trabalho que conta com uma batera bem precisa e riffs brutos.

Postmortem Inc “The Coqueror Worm”

A banda de Pelotas/RS, vem mostrar como a água de lá é boa para gerar bandas excelentes de death metal. Da escola do Krisiun, o álbum traz um brutal death metal com extrema qualidade técnica, mas com aquele algo a mais, que destaca a banda: eles não buscam copiar as fórmulas prontas do gênero, a identidade aqui é única e é o que nos faz apostar nesse nome para os próximos anos. Destaque para “State of Conspiracy”.

Cäbränegrä “Abismo”

Mais uma banda de grindcore que lançou um álbum visceral, o Cäbränegrä já tinha começado com tudo com o primeiro trabalho e agora só consolidou o som. Banda catarinense que lançou ótimas onze faixas, com velocidade, peso e culminou em um trabalho muito legal. Destaque para o som “Qual a solução?” que aparece em duas versões geniais.

Rest in Chaos “Trapped by Yourself”

Com extrema qualidade técnica, a banda de Florianópolis Rest in Chaos apresentou o seu primeiro full album que conta com onze faixas recheadas de brutalidade. Com peso das cordas, vocal forte e preciso, o destaque é para a bateria de Marlon que preenche o som de forma impecável. Death/Thrash que dá pra abrir mosh e banguear (mesmo que seja na sala de casa). Destaque para a faixa “Let me Rest”.

Wargore “Cursed Existence”

Pra quem curte death metal oldschool a Wargore é a pedida certa. Em Cursed Existence, os caras arrepiaram desde o primeiro som com palhetadas pesadas e vocal de demônio. Eles, que são de cascavel, lançaram nove sons em julho desse ano e espero muito poder ver um show ao vivo para conferir toda essa podreira em ação. Destaque para o som “Cocaine”.

Mofo “Sick and Insane”

É thrash que brasileiro gosta? Pois tome, mermão! Os caras do Mofo, que são de Brasília, arrebentaram com esse álbum insano que promete rodas brutais em shows. Com uma intro macabra, podemos até notar uma pequena influência do death metal do Bolt Thrower no começo da faixa seguinte a “Adrenaline”, que dá lugar ao thrash tradicional. Uma das grandes promessas de renome para o thrash metal brasileiro.

Sangue de Bode “A Sombra que me acompanhava era a mesma do diabo”

Uma grata surpresa de 2020 foi conhecer o som dos cariocas do Sangue de Bode. Um álbum repleto de tudo aquilo que o metal extremo pede: death, black, fúria! Ouvi muito esse disco que fiz questão de adquirir o físico (arte gráfica muito bonita). Destaco a faixa “Minha refeição é no Lixão”.

Maddiba “Santo André”

Saindo um pouco do metal e adentrando ao hardcore, essa indicação foge do tradicional. Somando o rap e pick ups, Santo André é uma ode aos fãs de Suicidal Tendencies e Beastie Boys, mas com aquele tempero nacional, com pitadas de thrash que a gente gosta tanto. Outra banda que conheci por meio do Canal Scena e que não saiu do meu fone de ouvido em 2020.

Ao Vivos

Surra “Escorrendo pelo Ralo – Ao vivo em São Paulo”

Essa banda não está pra brincadeira! Com três lançamentos no ano, a máquina de fazer riffão também lançou um ao vivo gravado em São Paulo, no show em que tocaram todas as músicas do escorrendo pelo ralo. Saudades de um show, né, minha filha?

Labirinto “Live at Dunk Fest”

Esse ao vivo é tão perfeito que nem parece ser ao vivo. É aí que a gente vê quando a banda é realmente boa. Som instrumental, que mescla metal e sludge, com camadas sonoras muito fortes. Qualidade ímpar e sentimento que não precisam de palavras. Aliás, eu uso uma: impecável.

Manger Cadavre? “Ao vivo em Curitiba”

Sem alarde e divulgação, a Manger Cadavre? disponibilizou apenas no bandcamp um show ao vivo realizado em Curitiba no ano de 2018. É como se fosse um bootleg, mas dá pra matar um pouco as saudades do show dos caras, pois tem treze sons muito furiosos. Destaque ao vocal visceral de Nata.

Rest in Chaos Integra Coletânea Alemã “Keeping Hardcore Alive But NOT Keeping Silent”

O selo alemão Dedication Records, anunciou a capa e as bandas que farão parte da coletânea “Keeping Hardcore Alive”. A Rest in Chaos, é a única banda brasileira que compõe o cast, participando com a música “Worship Machines”.

A proposta do lançamento é dar suporte às bandas durante o período de quarentena e impossibilidade de shows, com o intuito de divulgar as mesmas no cenário independente europeu. Serão vinte músicas de bandas da gravadora e convidadas.

A Dedication Records é uma pequena gravadora que se mantém viva com paixão e comprometimento. Ela já possui uma relação sólida com a Rest in Chaos, e também irá editar o álbum “Trapped by Yourself” no país, dessa forma, o convite para compor.

Para a campanha #keepinghardcorealive, o selo disponibilizará para venda, uma camiseta e poster com estampa do ilustrador Stephan (Hardcore Never Dies), além dos CDs que serão distribuídos na Europa e possivelmente no Brasil, por meio da banda Rest in Chaos.


Mais informações:

https://www.dedication-records.de/start/dedication-records/keeping-hardcore-alive/
Info@dedication-records.de

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Rest in Chaos Divulga Capa de Full Album e Busca Selos Para o Lançamento

A banda de catarinense de metal Rest in Chaos divullgou a capa do álbum “Trapped by Yourself”, que contará com 10 sons, incluindo regravações e singles já divulgados. A arte foi criada pelo ilustrador mineiro Pedro (@ars.moriendee), responsável por capas de bandas como Aphorism, Infamous Glory e cartazes de tours do eyehategod, Wolfbrigade, entre outras. O lançamento acontecerá no próximo dia 15 em todas as plataformas de streaming. Posteriormente, o material também terá uma tiragem física em CD. O Rest in Chaos está em busca de selos que queiram participar da distribuição, que será coletiva.

“O conceito do CD baseia-se na idolatria por mecanismos eletrônicos e seus artifícios, para que nós nos enquadremos na sociedade estereotipada, imposta pelos padrões das mídias sociais. Um sistema programado para te destruir.

Uma consequente repulsa que a atitude humana nos faz sentir, muitas vezes por nós mesmos. Descaracterizando e “desumanizando” o sentido da vida, desconectando a nós mesmos da realidade, em busca de uma felicidade rasa e enganosa. O lema é de amar as máquinas e ser o mais artificial que puder.

Conseguimos escapar, pensar por nós mesmo e descansar dessa pressão social? Olhe ao redor e perceba que está livre, seus pensamentos presos em sua própria mente, preso por si mesmo, trapped by yourself.” Comenta Gustavo Novloski.

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A Realidade Distópica Apontada Pelo Rest In Chaos

Questionando a essência do comportamento humano na contemporaneidade, Rest in Chaos faz uma análise subjetiva sobre como os signos neoliberais influenciam no nosso comportamento. Matando a nossa própria personalidade, aquilo que realmente somos, para adequação ao sistema e os frutos da tecnologia, usadas de forma irracional, a banda planta questionamentos em seu death metal influenciado pelo teor crítico do grindcore e do thrash metal. Conheça um pouco sobre a banda catarinense nessa entrevista!

Vocês começaram a banda em 2016 e nesse pouco tempo de estrada já realizaram grandes feitos como tours, clipes, lançaram material… Além do som que é excelente, o que vocês consideram como essencial para as coisas acontecerem para uma banda independente?

Acreditamos que força de vontade e atitude são coisas essenciais para que haja algum tipo de evolução em um projeto, acreditar no som, arregaçar as mangas e não criar empecilhos também ajuda, de resto é apenas sorte de estar nos lugares certos, com as pessoas certas.

O clipe do som “Ego Riser” é muito bem produzido, assim como o som. Falem um pouco sobre a concepção desse trabalho.

A ideia básica da música é falar sobre o quanto matamos a nossa própria personalidade, para garantir que estamos certos. A partir disso, encontramos um lugar abandonado para representar nossas mentes. Fizemos a confecção de corpos e adicionamos o elemento do sangue. A mensagem acaba ficando sutil e metafórica, mas o objetivo é assustar para que depois entendam. Os corpos mortos no clipe, na verdade, representam nossas próprias personalidades, mortas pelo nosso ego.

Quais são as principais influências no som de vocês? Sobre o que as letras tratam e quem as escreve?
Nossas influências passam por bastantes vertentes, do Metal atual ao Thrash, Grind, Hardcore com pitadas de Death Metal também. Até agora a temática de nossas letras fala basicamente do quão raso o ser humano se tornou, dominado por pequenas máquinas e apps (celulares, tablets e redes sociais), vive em função de sua imagem, tenta passar algo que não é e faz com que outras pessoas se sintam mal por não ter condições de ter o mesmo, mentindo para si mesmo. Look At Me e Ego Riser são exemplos perfeitos de nossa temática. Para os próximos trabalhos estamos pensando em maneiras de expandir o conceito e começar a entender melhor as emoções e ideias que levam os humanos a interagir dessa forma, tentar entender a fundo o porquê perdemos o controle de nós mesmos.

Vocês vão se apresentar junto ao Brujeria em Florianópolis. Como se deu o convite? Como está a expectativa para o show?
O convite acabou acontecendo bem naturalmente. O Kaká (da Xaninho Discos) é quem estava produzindo e acabou que fomos recomendamos como banda de abertura por alguns amigos em comum com ele, pessoas que já conheciam o nosso trabalho. E foi assim que ele conheceu a banda. Depois disso conversamos bastante, durante uma semana inteira alinhando Ideias, para que houvesse a parceria e tivéssemos a certeza de que tudo estava alinhado. Acabou dando certo. O Kaká é um cara bem profissional da cena, está há muito tempo envolvido e é muito respeitado. Ficamos bem felizes com esse voto de confiança, gratos por poder fazer parte desse rolê!

Recentemente vocês saíram em tour com a banda Distraught. Comentem um pouco sobre os shows, o convívio entre as bandas, aprendizados, perrengues…
Tá aí um rolê que foi bastante especial pra gente. A Distraught é uma banda que conhecemos há muito tempo e temos uma grande admiração. Viramos amigos, mantemos contato ao ponto de irmos na casa uns dos outros, literalmente a parceria aconteceu. Foi uma tour muito divertida e quase não houve perrengues, foi só parceria e diversão.

Indiquem 5 bandas nacionais que vocês curtam e que os nossos leitores deveriam conhecer. Falem um pouco sobre elas.

Distraught sem dúvidas é uma das bandas que todos deveriam conhecer, metal pesado, anos na cena underground, peso absoluto e com muita classe.

Manger Cadavre? Também é recomendadíssimo, nossos irmãos do crust fazem uma sonzeira com muito contexto, nos fazendo refletir sobre o atual momento de escuridão em que vivemos politicamente no Brasil. Muito respeito!

Surra, motivos pelos quais nem precisamos falar, né… Surra quebra em todos os sentidos!

Eutha não poderíamos deixar de citar. Banda do underground catarinense com quase 30 anos de vida, peso e agressividade inclusive nas letras.

Desalmado. Essa é uma das bandas que viraram referência em conceito e caminho a ser trilhado.

Podemos esperar um full album?

Sim. No momento estamos em estúdio regravando o nosso EP de 2016 para juntar com os outros 3 singles, mixados e masterizados pelo Adair Daufembach. Decidimos regravar para que houvesse a mesma qualidade dos últimos sons lançados, e com isto, temos em mãos um material de 10 faixas, nosso primeiro full álbum.

Quais são os planos futuros da Rest in Chaos?

No momento estamos produzindo o material para o lançamento do nosso próximo single, Artificial, e finalizando as edições para o clipe do mesmo. Além disso, o processo de composição nunca para e pretendemos lançar nosso segundo full já em 2020. Temos planos para uma tour, mas ainda estamos em negociação e é surpresa até pra gente onde será. Seguindo em frente, continuaremos indo até onde nos chamarem, levando nosso som e nossa mensagem, resgatando cada indivíduo que pudermos incluindo nós mesmos, para que o mesmo não nos tornemos este ser humano raso do qual falamos em nossas músicas.

Considerações finais

Queremos agradecer à todos que contribuíram de alguma forma para que nós, a RIC tenha conseguido chegar até aqui. Continuamos acreditando que através de um esforço coletivo e de muita união, as coisas se transformem novamente. Desejamos que todos os responsáveis por manter a cena viva, permaneçam acreditando, que todos os admiradores e entusiastas da música alternativa continuem comparecendo aos shows e mantenham viva a chama deste nosso lado obscuro, só assim, bandas como nós e as outras que citamos, conseguirão continuar a caminhada.

REST IN CHAOS: Confira o Mini Doc da Blind Vision of The Ego Tour com Distraught

Chegou ao fim a “Blind Vision Of The Ego Tour” que uniu a banda Rest In Chaos de Florianópolis/SC e os veteranos da Distraught (Thrash Metal – Porto Alegre/RS).

A turnê aconteceu entre os dias 18 e 21 de abril junto com a banda Distraught onde a Rest In Chaos realizou shows inéditos pelas cidades de Maringá, Londrina, Piracicaba e São Paulo, marcando uma excelente parceria de estrada com grandes momentos de parceria e trabalho entre as bandas em excelentes casas de shows.

Os pontos fortes da turnê foram a organização e a excelente parceria entre as duas bandas. Os grandes momentos da Rest In Chaos foram registrados no minidocumentário On The Road #8 onde a banda sintetizou o sucesso dessa turnê, confira:

A turnê fez parte da fase de divulgação do último single/videoclipe “Ego Riser” e que já passou por Uruguai e Argentina.

EGO RISER OFFICIAL MUSIC VIDEO:

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Contato para Shows:

Tel/Whats: +55 24 99296-6639 (Rio de Janeiro)

Tel/Whats: +55 11 93067-6175 (São Paulo)

Via Augusto Hunter

Rest in Chaos e Distraught desembarcam em São Paulo essa semana

No próximo feriado prolongado as bandas Rest in Chaos (Death metal – Florianópolis) e Distraught (Thrash metal – Porto Alegre) desembarcam em São Paulo para uma mini tour.

A “Blind Vision Of The Ego Tour” passará por quatro cidades de dois estados: Maringá, Londrina (Paraná), Piracicaba e São Paulo (São Paulo).

Detalhes dos eventos 
DISTRAUGTH + REST IN CHAOS EM MARINGÁ/PR
https://www.facebook.com/events/829519020727118/

DISTRAUGTH + REST IN CHAOS EM LONDRINA/PR
https://www.facebook.com/events/304119027129917/

DISTRAUGTH + REST IN CHAOS EM PIRACICABA/SP 
https://www.facebook.com/events/510922112766486/

DISTRAUGHT + REST IN CHAOS EM SÃO PAULO/SP
https://www.facebook.com/events/1997997800508906/

Contato para Shows:
Phill Lima
Tel/Whats: +55 24 99296-6639 (Rio de Janeiro)
Tel/Whats: +55 11 93067-6175 (São Paulo)

Via Agência OM