Sempre digo que as bandas aqui de Recife não devem nada a nenhuma outra do Brasil à fora, ou mesmo do mundo. Temos bandas criativas, que muitas vezes com poucos recursos criam sonoridades fuderosas. Mermão, a Ruína é uma delas.
Com a proposta de unir elementos de diferentes gêneros da música extrema, o grupo formado em julho de 2017, flutua por diversas referências indo do crust ao sludge, do hardcore ao doom.
Autofagia, o EP de estréia da banda, produzido por Mathias Severien (Desalma), no Estúdio Pólvora, sintetiza o peso e o caos do som criado pelos pernambucanos ao longo de sua existência. Eu, particularmente, achei o som muito bom para um primeiro registro. Com seis músicas, “Fria Navalha” é a minha preferida, que conta com riffs fritados do black metal, unidos ao hardcore, e d-beat do crust. Como eles mesmos explicaram, o título do EP refere-se ao processo de degradação e ato do homem ou animal nutrir-se da própria carne. A temática do disco traz conceitos da sobrevivência e sentido da vida em um mundo onde nada é solucionado e tudo é exposto de forma degradante.
Pra quem gosta de som com vocal desesperado, andamentos que nos levam a loucura, com riffs que ficam presos na mente, “Autofagia” já mostra que a Ruína não brinca em serviço. Esperamos por um full álbum em breve.
Ruína é:
Zé Carlos – Vocal
Lucas Guedes – Guitarra
Rodrigo Santos – Bateia
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